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Depois do feijão, arroz é novo vilão dos preços

Por AE
Atualização:

Depois de sofrer o impacto da alta do feijão nos últimos meses, o consumidor começa a sentir no bolso o peso de outro produto básico na mesa do brasileiro, o arroz. Nos últimos 30 dias, o produto já aumentou 15% nos supermercados e deve ter novas altas nas próximas semanas. No acumulado de 12 meses até março, nos supermercados de São Paulo, o feijão subiu 168,44%. Mas teve queda de preço de 12,34% no mês anterior. ?Do fim do ano passado para cá, o arroz vinha subindo em marcha lenta e até março estava com alta acumulada em torno de 5%. Mas, nas últimas semanas, deu um salto e deve subir mais?, prevê o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Martinho Paiva Moreira. O preço médio da saca do produto em abril ficou em R$ 65. Em março, era de R$ 57,70. ?O preço do arroz subiu no mercado internacional por vários motivos e há escassez do produto?, diz o diretor da RC Consultores, Fábio Silveira. A demanda mundial também explodiu, lembra, principalmente na Ásia, onde se consome muito arroz. O Brasil, embora seja produtor, não teve uma safra muito boa para elevar os estoques domésticos diante de uma economia aquecida. ?Os dois países que nos abastecem para equilibrar a oferta, Argentina e Uruguai também elevaram seus preços .? O resultado desse cenário, diz Silveira, é escassez e alta de preços. No atacado, segundo levantamento da RC Consultores, em abril o preço do arroz subiu 23% em relação a abril do ano passado e está 20% acima de dezembro. Na comparação com março, a alta é de 14%.?O arroz pode ficar em alta algum tempo, mas a demanda tende a se ajustar e os preços devem cair?, prevê. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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