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Depois do reajuste, gasolina está 8,3% mais cara nos postos

A alta é maior do que a estimada pelo mercado e, segundo a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), teve forte influência do aumento das margens de lucro dos postos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu, em média, 8,3% na primeira semana após os reajustes promovidos pela Petrobrás em 10 de setembro. A alta é maior do que a estimada pelo mercado e, segundo a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), teve forte influência do aumento das margens de lucro dos postos. O preço do diesel, segundo a pesquisa, teve alta de 10,1% nas bombas. Em São Paulo, o repasse foi maior do que a média nacional, chegando a 9%. A pesquisa divulgada hoje pela ANP é referente à semana entre 11 e 17 de setembro. Capta, portanto, os primeiros movimentos de distribuidoras e postos após o reajuste nas refinarias, de 10% para a gasolina e 12% para o diesel. Por outro lado, não identificou grandes variações no preço do álcool, cujo reajuste foi anunciado pelos produtores esta semana. No período pesquisado, o combustível derivado da cana-de-açúcar teve alta de 2,4% nos postos. A alta acima da média no preço da gasolina pode ser explicada, segundo o levantamento da ANP, por um aumento dos ganhos dos postos de combustíveis. Enquanto o repasse no valor de venda das distribuidoras aos postos foi de 2,45%, a margem de revenda subiu 47,9% naquela semana. O ganho dos revendedores passou de R$ 0,286 para R$ 0,423 por litro depois do reajuste e representou 74% da alta verificada pela agência no preço final. Em entrevista no início da semana, o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, disse que, se não houvesse aumento de margens e de impostos, o reajuste promovido pela Petrobras deveria ter um impacto nas bombas em torno de 3%. "Mas os preços são livres e a Petrobras não tem qualquer ingerência", ressaltou o executivo. Na época do aumento, distribuidores e revendedores previram uma alta média de 7%. Recomposição das margens é tradição O movimento de recomposição de margens de distribuidoras e revenda é tradição sempre que a Petrobras promove ajustes. Representantes das empresas garantem, porém, que a concorrência no mercado costuma promover uma acomodação nos preços. Espera-se, porém, novas altas nas bombas, provocadas pelo reajuste do preço do álcool, que representa 25% de cada litro de gasolina vendido nos postos. De acordo com o levantamento, o preço médio da gasolina ficou em R$ 2,425 na semana passada e o do diesel, em R$ 1,840.

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