Publicidade

Deputados a favor da Reforma da Previdência pedem alterações à proposta do governo

Dos 95 parlamentares que disseram ser a favor da reforma, apenas 13 apoiam integralmente o texto apresentado pelo governo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO e BRASÍLIA - O ‘Placar da Previdência’ feito pelo ‘Estadomostra que, mesmo os deputados favoráveis, por princípio, à reforma, têm restrições à proposta apresentada pelo governo. Dos 95 que disseram que votariam a favor, apenas 13 disseram que aprovariam o texto integralmente. Os outros 82 querem mudanças.

PUBLICIDADE

Nas perguntas feitas aos deputados, as mudanças na proposta do governo eram em relação à idade mínima de 65 anos; a exigência de 49 anos para se ter acesso ao benefício integral para quem receberá acima do salário mínimo; e a regra de transição para quem tem mais de 50 anos, no caso dos homens, e de 45, no caso das mulheres.

O Estado priorizou esses pontos porque são considerados os mais importantes pela equipe econômica para não desconfigurar o texto enviado.

Muitos deputados, porém, fazem questão de ressaltar que também querem outras mudanças. Eles pediram o abrandamento das exigências para a concessão da aposentadoria rural e do benefício assistencial pago a idosos e deficientes da baixa renda. Também não concordam com a proibição de se acumular aposentadoria e pensão, desde que respeitado o teto do INSS.

O governo já sinalizou que está aberto a negociar esses pontos. A bancada do PSDB na Câmara, por exemplo, fechou questão e afirma que só aprovará a reforma se esses itens forem modificados juntamente com a regra de transição. No caso da idade mínima de 65 anos, por exemplo, que é considerada praticamente o ponto central da reforma, dos 95 deputados que se disseram favoráveis, 68 pediram uma idade menor para as mulheres e 52 defenderam exigência menor para os homens.

O Estado não conseguiu contato com 77 deputados. Outros 54 não quiserem responder e 35 se declararam indecisos. Um deles disse que vai se abster.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.