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Desafio da AL é ficar resistente aos choques, diz Singh

Por Nalu Fernandes
Atualização:

O principal desafio à América Latina é garantir que a região permaneça resistente aos choques que ainda podem ocorrer no ambiente global, alerta o diretor do FMI para o Departamento do Hemisfério Ocidental, Anoop Singh. A região tem resistido bem à turbulência dos mercados financeiros, mas a incerteza permanece elevada no globo. Por isso, o desafio é garantir aprofundamento da melhora vista nos fundamentos econômicos na região, "restringindo o crescimento real dos gastos correntes, garantindo forte supervisão financeira, aumentando investimento e produtividade ao longo do médio prazo", emendou Singh. O FMI avalia que a incerteza global está em níveis mais elevados do que estava há seis meses e ainda "não se sabe quais serão os efeitos da desaceleração no mercado de imóveis e os problemas subprime nos EUA". Em reação à turbulência financeira, o diretor observa que a resposta favorável é atribuída a melhores fundamentos na grande parte dos países e consenso em preservar a estabilidade macroeconômica. "A maior parte dos países têm dívida pública em declínio, fortalecimento fiscal e das posições externas e sistemas fiscais mais sólidos e têm usado a flexibilidade do câmbio de forma bastante efetiva recentemente", reconhece. Embora a inflação permaneça baixa segundo padrões históricos, o diretor do Fundo observa que permanece a necessidade de manter o comprometimento na região para manter a inflação baixa. "O aumento recente da inflação em diversos países exige acompanhamento de perto. Permanecemos confiante que a região está comprometida em lidar com os choques e evitar efeito secundário", afirma.

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