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Descontente com reforma de militares, PSL adia relatoria para CCJ e amplia incertezas

Liderança do partido do presidente Jair Bolsonaro segura tramitação de reforma ma Câmara e cobra explicações ao governo sobre projeto de militares

Por Camila Turtelli , Renato Onofre e Mariana Haubert
Atualização:

BRASÍLIA - Descontentes com a proposta de reforma apresentada pelo militares, a liderança do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que o anúncio do relator da previdência na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) foi adiado

"Depois de uma reunião com líderes partidários, ficou acordado que não haverá a indicação do relator até que o governo, através do Ministério da Economia, apresente um esclarecimento sobre a reforma e a reestruturação dos militares", diz a nota.

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da CâmaraFelipe Francischini (PSL-PR) Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), havia dito que anunciaria o escolhido logo após a entrega do Projeto de Lei da reforma dos militares à Câmara, mas indefinições políticas já estavam adiando essa determinação.  Como o Estadão/Broadcast mostrou nesta quarta-feira, 20, a indicação pode ficar para a semana que vem. De acordo com interlocutores de Francischini, o deputado está receoso com o clima político, que tem sido considerado ruim pelos parlamentares e integrantes do governo. 

Outra coisa que tem pesado pelo adiamento do anúncio é a falta de envolvimento dos líderes do governo no Congresso com a articulação pela definição do relator.

Com receio de terem de assumir um grande ônus oriundo de desgastes em relação às discussões da reforma da Previdência, integrantes da CCJ têm rejeitado sondagens para assumir a relatoria da proposta no colegiado. 

Recentes atos e declarações do governo têm dificultado a consolidação de uma base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e, na visão deles, essa incerteza acarretará ainda mais dificuldade à tarefa do escolhido de conseguir aprovar a emenda no colegiado. 

Por isso, integrantes da comissão avaliam que há uma relutância em se assumir este protagonismo neste momento. 

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