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Desembolsos do BNDES caem 1% no ano até setembro

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social desembolsou R$ 129,7 bilhões até setembro, principalmente para infraestrutura

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 129,7 bilhões nos primeiros nove meses deste ano. A cifra é 1% menor do que o montante liberado em igual período de 2013, informou o banco de fomento, que divulgou nesta sexta-feira, 21, seu Boletim de Desempenho.

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O setor de infraestrutura liderou o ranking, com 36,6% do total liberado no período. Os desembolsos para este segmento somaram R$ 47,5 bilhões ao longo dos primeiros nove meses do ano, uma alta de 13% em relação a igual período de 2013.

Nos desembolsos à infraestrutura, um dos destaques foi o segmento de atividades auxiliares de transportes, com R$ 8,2 bilhões, 67% a mais do que entre janeiro e setembro do ano passado. "Aí estão as liberações aos investimentos das concessionárias de rodovias, integrantes do Programa de Infraestrutura de Logística (PIL)", ressaltou o BNDES.

Já em termos absolutos, os maiores desembolsos do banco no período foram para transporte rodoviário (R$ 14,4 bilhões) e energia elétrica (R$ 12,2 bilhões). Ao setor de comércio e serviços, o BNDES destinou R$ 34,4 bilhões entre janeiro e setembro, queda de 2%. Já a indústria recebeu R$ 35,7 bilhões, 13% a menos do que no período entre janeiro e setembro do ano passado.

Segundo o BNDES, a moderação dos desembolsos à indústria foi influenciada, em parte, pelas alterações realizadas no Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren), no início deste ano. "O programa de financiamento a capital de giro excluiu as grandes empresas de suas operações, passando a operar exclusivamente com micro, pequenas e médias empresas. As empresas de maior porte retornaram ao BNDES Progeren somente em meados de maio último, com taxa de juros de mercado (Selic)", detalhou a instituição. Os desembolsos do Progeren à indústria somaram R$ 1,2 bilhão no acumulado janeiro a setembro de 2014, queda de 72% em relação a igual período de 2013.

A diminuição nos desembolsos à indústria também se deveu à suspensão temporária, no primeiro semestre do ano, dos benefícios do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI) para operações de exportação na modalidade pré-embarque do BNDES-Exim (destinada ao financiamento à fabricação do bem a ser exportado). As liberações de financiamentos neste segmento somaram R$ 3,5 bilhões, 57% menores do que entre janeiro e setembro do ano passado. O BNDES PSI como um todo, porém, desembolsou R$ 53,8 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. Por meio do Cartão BNDES, voltado a micro, pequenas e médias empresas, o banco desembolsou R$ 8,1 bilhões no período, 13% acima do verificado em igual período do ano passado.

Consultas e aprovações. Nos primeiros nove meses do ano, o total das aprovações de financiamento do BNDES atingiu R$ 130,5 bilhões, resultado 16% inferior ao de igual período do ano passado. Já as consultas somaram R$ 179,9 bilhões, recuo 10% na mesma base de comparação.

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Setembro. O BNDES desembolsou, apenas no mês de setembro, R$ 16,7 bilhões, um recuo de 3% em relação a igual mês de 2013. De acordo com a instituição, o setor de infraestrutura recebeu R$ 6,2 bilhões deste total, um aumento de 44% em relação a setembro do ano passado, puxado principalmente pelo segmento de energia elétrica.

As consultas em setembro ficaram em R$ 22,8 bilhões, um recuo de 30,2% em relação a setembro do ano passado. O destaque também foi o setor de infraestrutura, cujas consultas aumentaram 82,6%, somando R$ 10,7 bilhões.

Na comparação dos últimos 12 meses, os desembolsos do banco de fomento somaram R$ 188,5 bilhões, um recuo de 2% em relação aos 12 meses anteriores. "O resultado está em linha com as estimativas iniciais do BNDES", destacou a instituição, em nota. Nesta comparação de longo prazo, a infraestrutura também foi destaque, com liberações somando R$ 67,6 bilhões, 36% do total e alta de 6% em relação aos 12 meses anteriores.

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