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Desemprego deve continuar a subir

Por Rafael Bacciotti e economista da Tendências Consultoria
Atualização:

Com a interrupção da PME, que será descontinuada no início de 2016, a Pnad Contínua, mais abrangente, passa a ser a pesquisa de referência para o acompanhamento do mercado de trabalho. Após um longo período de queda, as duas pesquisas passaram a mostrar, desde o fim de 2014, tendência já bem definida de alta da taxa de desemprego. Na Pnad de março, a expansão de 0,8 ponto porcentual em relação ao mesmo período de 2014 reflete a expansão da força de trabalho acima da população ocupada, que continuou perdendo tração. O que significa que as pessoas estão buscam uma colocação, mas não conseguem ser absorvidas. Paralelamente, os rendimentos exibem trajetória de enfraquecimento causado também pelo impacto do aumento das pressões inflacionárias. Na comparação com março de 2014, a renda média (estimada em R$ 1.840 em todo o País) ficou estável, acumulando alta de apenas 0,5% nos últimos 12 meses. Nos próximos meses, a tendência de alta do desemprego deve continuar sendo trilhada. A expectativa é de que a taxa média chegue a 7,6% da força de trabalho em 2015 (alta de 0,8 ponto porcentual ante 2014), embora o risco seja de um desemprego ainda mais elevado.

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