PUBLICIDADE

Desemprego diminui e tem menor abril desde 2002

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O desemprego brasileiro registrou em abril a menor taxa para esse mês desde o início da série histórica, em 2002, influenciado sobretudo pelo bom comportamento do mercado de trabalho de São Paulo. A taxa nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu para 7,3 por cento em abril, ante 7,6 por cento em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Foi também a menor leitura desde janeiro. Economistas consultados pela Reuters projetavam uma taxa de 7,6 por cento, de acordo com a mediana de 20 respostas que variaram de 7,3 a 7,8 por cento. O desemprego em São Paulo caiu para 7,7 por cento em abril, ante 8,2 por cento em março. A região pesa cerca de 40 por cento na composição da taxa do país. "Quem puxa é São Paulo e isso é bom porque lá a indústria é forte e dá sinais de recuperação", disse o economista do IBGE, Cimar Pereira Azeredo, ressaltando que o setor industrial abriu 11 mil novas vagas em São Paulo. "Não é um crescimento muito significativo, mas só em já estar abrindo vagas já é uma boa notícia." Ele avaliou que em abril houve a primeira inflexão da taxa global de desemprego no ano de 2010. "Isso geralmente se dá ou no fim do primeiro trimestre ou no início do segundo... O mercado volta a se desenvolver como era antes da crise, só que ainda num patamar mais baixo", disse Pereira Azeredo. Ele destacou a geração de vagas e a menor pressão de procura por vagas. Pereira Azeredo afirmou ainda que o mercado trabalho apresentou em abril vários sinais de melhora qualitativa. A taxa de formalidade atingiu 59,8 por cento, patamar recorde. Ao longo de 12 meses, o mercado gerou 907 mil novos postos, sendo que 704 mil entraram com carteira de trabalho assinada. O IBGE acrescentou que a população ocupada somou 21,820 milhões em abril, aumento de 0,3 por cento sobre março e de 4,3 por cento contra igual mês de 2009. O total de desocupados atingiu 1,710 milhão, queda de 4,4 por cento mês a mês e recuo de 16,4 por cento na comparação anual. O rendimento do trabalhador totalizou 1.424,10 reais, alta de 0,1 por cento na comparação mensal e de 2,3 por cento ano a ano. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.