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Desemprego e renda crescem em junho

Números do IBGE mostram aumento do desemprego em junho na comparação com mesmo período do ano passado. De acordo com Caged, emprego formal criou menos vagas

Por Agencia Estado
Atualização:

O desemprego voltou a crescer em junho. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas seis regiões metropolitanas do País (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) investigadas pela pesquisa do Instituo, o índice de desemprego no mês passado foi de 10,4%. No mesmo período do ano passado, a taxa estava em 9,4%. Na comparação com maio, quando o índice foi de 10,2%, o desemprego ficou quase estável. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também mostram um mercado de trabalho menos aquecido neste ano, na comparação com 2005. Foram criadas 155.455 novas vagas em junho, contra 195.536 no mesmo período de 2005. O setor da Agricultura foi o que mais gerou emprego em junho, com 64.708. No setor de serviços foram gerados em junho 41.167 empregos e na indústria, 18.609. Tomando por base os primeiros seis meses do ano, o número de vagas criadas foi de 923.798 - contra um objetivo entre 1,3 milhão a 1,4 milhão para o ano. Apesar de apontarem cenários semelhantes, as duas pesquisas possuem metodologias diferentes, que podem explicar diferenças de resultados para levantamentos feitos num mesmo período nas mesmas regiões. Os dados do Caged são obtidos por meio de informações sobre admissões e demissões enviadas por empresas de todos setores de atividade - indústria, serviços, comércio, agropecuária e construção civil. Mas excluem as informações sobre o desemprego informal, que aparecem na pesquisa amostral do IBGE. Renda A pesquisa do IBGE revelou, também, que pelo quinto mês consecutivo o rendimento médio real habitual da população ocupada apresentou crescimento. Estimado em R$ 1.033,50, este indicador registrou variação de 0,5% em relação a maio. No acumulado do primeiro semestre, o rendimento cresceu 4,4% ante igual semestre do ano passado. Em um ano, o poder de compra da população ocupada cresceu 6,7%. De acordo com Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa mensal de emprego do IBGE, o rendimento está crescendo porque a formalidade do mercado de trabalho está em alta, a inflação está sob controle e o reajuste do salário mínimo tem influência sobre a renda média real. VARIAÇÃO DO RENDIMENTO MÉDIO REAL Período Ante mês anterior Ante igual mês do ano anterior Junho 2005 1,5% -0,3% Julho 2,5% 1,6% Agosto 0,7% 3,7% Setembro zero 2% Outubro -1,4% 1,8% Novembro 0,4% 2,1% Dezembro 1,8% 5,8% Janeiro 2006 -1,2% 2,3% Fevereiro 1,1% 2,5% Março 0,5% 2,5% Abril 0,4% 4,7% Maio 1,3% 7,7% Junho 0,5% 6,7% Fonte: IBGE Regiões No agregado das seis regiões, nenhum grupamento de atividade apresentou alteração significativa na comparação com o mês anterior, de acordo com o IBGE. Entretanto, na comparação anual, destacou-se o desempenho de Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, com crescimento de 7,7%. Em relação a maio, foi observada estabilidade em todas as regiões. No confronto com junho de 2005, três delas apresentaram alteração neste indicador: Recife (de 9,6% para 15,4%), Rio de Janeiro (de 6,9% para 8,8%) e Porto Alegre (de 7,1% para 8,2%).

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