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Desemprego em outubro é de 7,4%, diz IBGE

O rendimento médio das pessoas ocupadas permaneceu em queda e registrou reduçao de 2,2% em setembro, comparado ao mesmo mês de 2001 e caiu 0,4% em relação a agosto, ficando em R$ 800,29.

Por Agencia Estado
Atualização:

A taxa média de desemprego aberto ficou praticamente estável em outubro (7,4%), contra a de setembro, que foi de 7,5%. No entanto, foi bem maior do que a registrada em outubro do ano passado, 6,6%, segundo divulgou esta manhã o IBGE. O resultado do mês passado ficou um pouco abaixo das previsões dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de 7,5% a 7,8%. A taxa livre de influências sazonais atingiu 7,7% em outubro, de acordo com a pesquisa realizada em seis regiões metropolitanas do País. A taxa média de desemprego aberto em 30 dias ficou em 8,1%. Em setembro, foi de 8,3%. O rendimento médio das pessoas ocupadas permaneceu em queda e registrou reduçao de 2,2% em setembro, comparado ao mesmo mês de 2001 e caiu 0,4% em relação a agosto, ficando em R$ 800,29. Em São Paulo, a taxa de desemprego atingiu 9,1% em outubro ante 9,3% em setembro. SP puxa taxa de desemprego para cima A região metropolitana de São Paulo, que tem peso de 45% na pesquisa mensal de emprego do IBGE, continua puxando para cima a taxa de desemprego do País. A região aumentou em apenas 0,5% o número de ocupados (pessoas trabalhando) no acumulado de janeiro a outubro deste ano, ante igual período do ano passado. A média de crescimento nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE no período foi de 1,8%. Por outro lado a desocupação (não trabalhando e procurando trabalho) apresentou na região de São Paulo o maior crescimento acumulado do País, atingindo 39,4%, ante uma média geral de 22%. A ocupação na região, no indicador acumulado, caiu nos segmentos de construção civil (-12,7%) e indústria de transformação (-0,7%), mas cresceu em comércio (2,2%) e serviços (2,4%). "O mercado de trabalho em São Paulo não está evoluindo satisfatoriamente", avalia a analista Shyrlene Ramos de Souza. A população não economicamente ativa (não trabalhando nem procurando trabalho) também cresceu em São Paulo no acumulado do ano (2,6%). Esse grupo inclui estudantes e aposentados, mas também os chamados desalentados, ou seja, aqueles que desistiram de procurar uma vaga no mercado depois de longo tempo de busca por emprego. Em outubro, a taxa média de desemprego em São Paulo atingiu 9,1%, ante 7% em outubro do ano passado. Rendimento médio O rendimento médio dos trabalhadores caiu em todas as seis regiões pesquisadas pelo IBGE e em todos os setores de atividade no acumulado de janeiro a setembro, ante igual período do ano passado. A queda para o total das regiões no período foi de 3,8%, sendo que a maior redução aconteceu em Porto Alegre (-5,7%) e a menor no Rio de Janeiro (-1,4%). Em São Paulo, a queda no rendimento médio no período foi de 3,9%. Entre os setores de atividade, as maiores quedas nas seis regiões ocorreram no comércio (-9%) e na construção civil (-8%), mas houve redução também em serviços (-4,2%) e na indústria de transformação (-2,5%). A queda acumulada no rendimento foi maior para os que trabalham por conta própria (-4,4%) e com carteira assinada (-0,4%). A renda dos trabalhadores sem carteira assinada ficou praticamente estável (0,1%) no período. Em setembro, o rendimento médio caiu 2,2% ante setembro do ano passado. A queda da renda nessa base de comparação vem ocorrendo desde janeiro de 2001.

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