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Desemprego nos EUA deve beirar 10% com piora de cenário

Pesquisa mostra que economia se recupera no terceiro tri, mas traz cenário mais pessimista que há um mês

Por PEDRO NICOLACI DA COSTA
Atualização:

A taxa de desemprego dos Estados Unidos vai se aproximar de 10% enquanto o país enfrenta sua pior recessão desde a Segunda Guerra, deixando mais de 13 milhões de norte-americanos desempregados, mostrou pesquisa feita pela Reuters com economistas. Veja Também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise   A economia vai se recuperar no terceiro trimestre, de acordo com os resultados, mas a pesquisa desenhou um cenário mais pessimista que a realizada há apenas um mês. A mediana das previsões sugerem agora que o Produto Interno Bruto (PIB) do país vai se contrair 5,3 por cento neste trimestre na taxa anualizada, seguindo o brutal declínio de 6,2 por cento no fim de 2008. A recessão vai perdurar no segundo trimestre, com a retração moderando para 2 por cento, mas a estabilização deve ocorrer a partir da metade do ano. Analistas disseram que a turbulência que está atingindo muitos setores, como bancário e automobilístico, significa que as previsões são menos confiáveis que o habitual. "A perspectiva econômica permanece muito incerta", disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James & ASsociates. "O fundo do poço deve ser alcançado até o fim do ano, mas os riscos continuam." A pesquisa feita pela Reuters indica que a taxa de desemprego dos EUA -- atualmente em 8,1 por cento, maior patamar em 25 anos -- vai avançar para 9,6 por cento, provavelmente no início do ano que vem, antes de retroceder. Uma recuperação eventual nas contratações provavelmente será moderada e irregular. Nesse cenário, a inflação vai se manter inexistente. Na verdade, a expectativa é de que o índice de preços ao consumidor caia nos primeiros nove meses deste ano, com uma baixa de 2,2 por cento no terceiro trimestre como a mais acentuada. Os preços vão então subir novamente no ano que vem, mas num ritmo modesto, permitindo que o Federal Reserve mantenha a taxa básica de juro dos EUA no patamar atual ao menos até o fim de 2010.

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