Publicidade

Desemprego nos EUA pode subir, diz conselho

Por Ana Conceição
Atualização:

A presidente do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca, Christina Romer, disse ontem que a taxa de desemprego nos Estados Unidos, atualmente em 10%, pode subir ainda mais e que a melhora apresentada pela economia ainda não tirou o país da recessão. Em entrevista ao programa "Meet the Press", da emissora de televisão NBC, Romer observou que a criação de empregos é elemento fundamental para a recuperação econômica, mas que ainda haverá "solavancos na estrada que temos à frente". "O presidente (Barack Obama) sempre diz, e eu acredito firmemente nisso, que o país não estará recuperado até que todas as pessoas desempregadas estejam de volta ao trabalho", afirmou. "Não vou dizer que a recessão acabou até que a taxa de desemprego tenha voltado a níveis normais, onde estávamos antes da recessão, em torno de 5%."Os comentários surgem no momento em que o Congresso dos EUA se prepara para trabalhar em um projeto que incentive a criação de empregos. Obama e seus aliados do Partido Democrata têm redobrado os esforços para dar conta do problema antes das eleições legislativas de novembro de 2010. No início do mês, dados oficiais mostraram que a taxa de desemprego caiu de 10,2% para 10,0%, sinalizando que o pior momento passou.A mesma relação entre emprego e recuperação econômica foi feita por Lawrence Summers, diretor do Conselho de Consultores Econômicos da Casa Branca. Falando à CNN, ele disse que a criação de postos de trabalho e a recuperação estão intrinsecamente ligadas. "Olhe para o debate econômico hoje. As pessoas estão falando sobre quantos empregos serão criados e sobre o ritmo de recuperação da economia", afirmou, acrescentando que as medidas tomadas pela administração Obama ajudaram, embora muito ainda tenha que ser feito. "Temos um longo caminho pela frente". Para ele, o processo de retomada foi iniciado. "Começamos a ver que o mecanismo básico de recuperação. As pessoas gastam e isso cria mais renda, que cria mais empregos." As informações são da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.