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Desemprego nos EUA vai a 14,7% em abril, maior taxa desde a Grande Depressão

Em abril, número de vagas de trabalho fechadas no país chegou a 20,5 milhões, como efeito da crise provocada pela pandemia da Covid-19

Por André Marinho e Sergio Caldas
Atualização:

Os Estados Unidos cortaram 20,5 milhões de vagas de emprego em abril, evidenciando o forte impacto da pandemia de coronavírus na maior economia do mundo, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 8, pelo Departamento do Trabalho americano. O resultado veio em linha com expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam eliminação de 19 milhões a 30 milhões de postos de trabalho, com mediana de 21 milhões.

A taxa de desemprego nos EUA saltou de 4,4% em março, uma situação considerada praticamente de pleno emprego, para 14,7% em abril. Neste caso, a projeção era de um aumento da taxa a 15%. Trata-se da taxa mais alta desde a Grande Depressão de 1929.

Homem espera por trabalho diário em um estacionamento em Arlington, no Estado americano da Virgínia. Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP - 6/5/2020

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Os números de postos de trabalho dos dois meses anteriores foram revisados: o de março, de corte de 701 mil para eliminação de 870 mil vagas, e o de fevereiro, de geração de 275 mil para criação de 230 mil postos.

O salário médio por hora dos trabalhadores aumentou 4,85% em abril na comparação com março, ou US$ 1,34, para US$ 30,01 por hora. Na comparação anual, o acréscimo foi de 8,0%. Analistas esperavam ganhos bem menores, de 0,20% na comparação mensal e de 2,9% no confronto anual.

Apenas o setor privado dos EUA eliminou 19,52 milhões de empregos em abril, enquanto o governo cortou 980 mil vagas.

Já a fatia da população dos EUA que participa da força de trabalho recuou de 62,7% em março para 60,2% em abril. / Com Dow Jones Newswires

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