
25 de junho de 2015 | 09h00
RIO - O mercado de trabalho brasileiro se deteriorou por mais um mês. A taxa de desemprego subiu para 6,7% em maio, ante 6,4% em abril, a maior taxa para um mês de maio desde 2010 (7,5%). Ao mesmo tempo, o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 1,9% ante abril e 5% ante maio de 2014. O recuo de 5% é o maior desde janeiro de 2004, quando a perda foi de 5,9% frente a igual mês de 2003.
A queda do rendimento foi a quarta seguida em relação ao mesmo mês do ano anterior. O rendimento médio real do trabalhador, já descontados os efeitos da inflação, foi de R$ 2.117,10 em maio. A pesquisa, realizada em seis principais regiões metropolitanas do Brasil, foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do desemprego em maio ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam taxa entre 6,10% e 6,80%, e acima da mediana projetada, de 6,60%.
A população desocupada cresceu 4,8% em maio ante abril, com 75 mil pessoas a mais na fila do desemprego. Na comparação com maio do ano passado, a diferença foi ainda mais significativa. O aumento nos desempregados foi de 38,5%, o que significa 454 mil pessoas a mais nesta condição.
Na comparação interanual, também houve queda no emprego. O número de pessoas ocupadas diminuiu em 155 mil, uma queda de 0,7% em maio ante maio do ano passado. Na comparação de maio ante abril de 2015, houve aumento de 0,1%, ou 19 mil vagas criadas.
A população economicamente ativa - que trabalha ou está em busca de emprego - subiu nas duas comparações. Ante abril, o avanço foi de 0,4% (+94 mil pessoas). Já na comparação com maio de 2014, o aumento foi de 1,2% (299 mil pessoas a mais).
Por outro lado, a população não economicamente ativa - que está em idade de trabalhar, mas não demonstra interesse - ficou estável em maio ante abril e subiu 0,3% na comparação com maio do ano passado. No confronto interanual, 62 mil pessoas migraram para a inatividade, segundo o IBGE.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.