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Desemprego tem a quarta alta seguida e vai a 6,2% em março

Segundo o IBGE, esta é a maior taxa desde maio de 2011; o rendimento médio real dos trabalhadores teve queda de 2,8%

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

RIO - A taxa de desemprego apurada nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil ficou em 6,2% em março, ante 5,9% em fevereiro, a quarta alta seguida do indicador, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a maior taxa desde maio de 2011, quando o desemprego foi de 6,4%. O resultado ainda é igual ao verificado em março de 2012 (6,2%) e junho de 2011 (6,2%).

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O resultado do mês passado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam taxa entre 5,80% e 6,50%, e acima da mediana projetada, de 6,10%.

O rendimento médio real do trabalhador, já descontados os efeitos da inflação, foi de R$ 2.134,60 em março, segundo o IBGE. O resultado significa queda de 2,8% em relação a fevereiro e recuo de 3% ante igual mês de 2014. 

Desocupados. A população desocupada cresceu 23,1% em março ante igual mês de 2014, o que significa 280 mil pessoas a mais na fila do desemprego nas seis principais regiões metropolitana do País. Além disso, a população ocupada diminuiu 0,9% em março ante igual mês do ano passado, o que significa destruição de 197 mil postos de trabalho na comparação anual. Nesse mesmo período, a população economicamente ativa cresceu 0,3% (+83 mil pessoas), enquanto o contingente de inativos aumentou 1,5% (+291 mil pessoas).

Na comparação de março com fevereiro, a população desocupada aumentou 5,3%, o que significa 75 mil pessoas a mais buscando uma colocação no mercado de trabalho. Já a população ocupada diminuiu 0,2% no período, o equivalente a 48 mil empregos a menos. Ainda na base mensal, a população economicamente ativa subiu 0,1% (+27 mil pessoas), enquanto o contingente de inativos ficou estável (0,0%), com 8 mil pessoas a mais do que em fevereiro. 

Renda. A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 49,3 bilhões em março, queda de 3% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2014, o montante diminuiu 3,8%. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 50,1 bilhões em fevereiro deste ano, queda de 2,6% contra o mês de janeiro. Em relação a fevereiro de 2014, houve redução de 3,1% na massa de renda efetiva.

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