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Desenvolvimento terá destaque em agenda da estabilidade

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo vai desdobrar a agenda da estabilidade em agenda de desenvolvimento sustentado, informou hoje o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, no Fórum Permanente das Micro e Pequenas Empresas, que se realiza em Brasília. Segundo Dulci, não se trata de um Plano B, mas de medidas de estímulo ao crescimento econômico a serem adotadas nos próximos meses, mas para cuja aplicação o governo ainda depende de uma série de elementos. Ele disse que a Agenda de Desenvolvimento para o País, a ser lançada hoje pelos ministros da Fazenda, Antônio Palocci, da Casa Civil, José Dirceu, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e do Planejamento, Guido Mantega, insere-se nesse desdobramento da agenda da estabilidade. Cauteloso, o ministro teve o cuidado de dizer que uma política de desenvolvimento sustentado não substituirá as atuais preocupações do governo com a estabilidade da moeda. "Não vamos substituir a política de estabilidade por outra, mas promover o crescimento da economia, mantendo-a", disse Dulci. Segundo ele, "não faria nenhum sentido substituir uma pela outra". Medidas e próximas ações O ministro avaliou que o esforço que o governo vem fazendo em prol da estabilidade vem obtendo êxito. Ele lembrou que, recentemente, o governo adotou medidas que já induzem a uma melhora na atividade econômica, citando a liberação de R$ 5 bilhões para programas habitacionais, R$ 1,4 bilhão para saneamento público, o aumento de 20% dos recursos disponíveis para a agricultura e o anúncio de um programa de R$ 1 bilhão para promoção da pesca. Entretanto, segundo Dulci, nos próximos meses o governo deverá debater internamente o modelo de desenvolvimento que pretende adotar para o País. O ministro ressaltou que a prioridade que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu à micro e pequena empresa é fundamental. Isto porque, segundo ele, as empresas de grande porte não estão distribuídas pelo território nacional e não contribuem para descentralização do emprego e da renda. Este papel é exercido essencialmente pelas micro e pequenas empresas.

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