PUBLICIDADE

Publicidade

Desligamento de médicos faz associado gastar mais

Muitas vezes associados de planos de saúde são obrigados a pagar consultas particulares para continuar o tratamento com um médico que foi repentinamente descredenciado. Veja dois casos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O descredenciamento repentino de médicos e hospitais representa uma das queixas mais freqüentes de consumidores. "Quando escolhi meu plano, levei em conta os hospitais e os médicos que ele oferecia, não querendo alterações", afirma a advogada Cláudia (nome fictício). Há cinco meses ela se sentiu desamparada ao notar que o médico que a acompanhava no período pós-operatório havia sido desligado da cooperativa a que ela está associada. "Estava passando por um período difícil e resolvi pagar a consulta com o meu dinheiro." Agora, ela desembolsa R$ 30 pela consulta, além da mensalidade da cooperativa, que é de R$ 290. "É uma relação de confiança, foi o profissional que me operou e que sabe de todo o meu histórico." Há seis meses, a advogada submeteu-se a uma cirurgia para a redução do estômago. Em um ano, essa foi a segunda vez que Cláudia enfrentou problemas com a cooperativa. A operadora também se recusou a cobrir os gastos com a cirurgia, alegando que o médico não era conveniado. "Na época, estava tão aflita para fazer a operação que concordei logo em arcar com os custos, que chegaram a R$ 7,5 mil." Cláudia sabia que o médico integrava uma equipe conveniada, mas não quis levar o caso à Justiça. A dona de casa Jurema Rampani, de 59 anos, e seu marido, Germano, de 64, enfrentam o mesmo problema. Clientes das Classes Laboriosas há 25 anos, há cinco eles passaram a usar com maior assiduidade os serviços do plano. Há poucos meses, um grande número de médicos da rede foi descredenciado. Agora, a família paga R$ 50 por consulta ao cardiologista que há alguns anos trata de Germano. Esse é o preço que o médico receberia, se ainda estivesse prestando serviços para a operadora. A família também paga R$ 50 para o atendimento com o urologista. De acordo com a advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Karina Rodrigues, os associados que enfrentarem dificuldades por causa do descredenciamento de hospitais sem aviso prévio e sem a substituição por outro de qualidade semelhante, tem seus direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor. "Eles têm os direitos garantidos e precisam denunciar, quando abusos forem cometidos", afirma.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.