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Despesas do governo caem 10,2% no trimestre, com economia de R$ 3,11 bi

Cálculo é em comparação ao mesmo período do ano passado; maior economia foi em contas de luz e água, com uma queda de 32,8% no trimestre

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério do Planejamento informou na tarde desta quarta-feira, 26, que o governo reduziu as despesas de custeio em 10,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado - já descontada a inflação. De acordo com a pasta, isso significa uma economia de R$ 3,114 bilhões. Os dados da Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do ministério mostram que a redução de despesas ocorreu principalmente com o menor gasto de energia elétrica e água no período. A compra direta de passagens aéreas e o chamado TaxiGov para o deslocamento de servidores também ajudaram na economia entre janeiro e março.

Governo corta gastos Foto: Marcos Santos/USP Imagens

"Dado que temos cenário fiscal bem apertado nos últimos anos e daqui para frente será assim com a vigência da PEC do Teto do Gasto, a ideia é que acompanhemos a parte de custeio administrativo para que se comporte de forma aderente ao resto do fiscal para que consigamos ter espaço para investimentos", avaliou, por meio de nota, o secretário da SOF, George Soares.

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As contas de água e luz do governo federal caíram 32,8% no primeiro trimestre do ano, passando de R$ 420,2 milhões em 2016 para R$ 282,4 milhões em 2017. A conta de material de consumo caiu 25% por conta, principalmente, do menor gasto com combustíveis. Além disso, houve economia em comunicação e processamento de dados (12,6%), locação conservação de imóveis (8,9%) e serviços de apoio (8%).

Em 72 dias funcionamento, o chamado TaxiGov gerou uma economia de 54% com o transporte administrativo nos órgão que já adotaram o sistema. Já a compra direta de passagens aéreas reduziu em 20% o custo desse serviço no trimestre em relação ao começo de 2016.

Por outro lado, a conta de outros serviços aumentou 26,5% no primeiro trimestre de 2017. Essa rubrica engloba serviços bancários (alta de 30,6%), diárias (alta 6,6%) e locação e conservação de bens móveis (alta de 3,3%).

Segundo o Planejamento, considerando os últimos 12 meses até março, as despesas de custeio do governo federal somaram R$ 34,7 bilhões, uma queda real de 3,8% em relação aos 12 meses anteriores.

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