Mesmo com tantas facilidades, os candidatos devem saber aproveitar as oportunidades. De acordo com o diretor de novos projetos da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Cezar Tegon, é muito importante, por exemplo, que os usuários também tenham noções de marketing pessoal."Muitas vezes a pessoa envia o currículo, mas não se vê como um produto. E essa é a forma com que ela se apresenta para o mercado. Quem compra um produto amassado ou estragado?", exemplifica o especialista.Tegon conta que muitos usuários negligenciam a revisão dos currículos, preenchem com descaso seus perfis e, pior, não se candidatam para as oportunidades. "Se o usuário não demonstrar interesse, vai ser a última opção do selecionador."Mesmo fazendo estágio, o estudante de engenharia Edvaldo Barboza de Souza Júnior, de 21 anos, não abandona seu currículo virtual. "Sempre procuro atualizá-lo, principalmente quando não recebo muitas vagas", diz o rapaz, que também não deixa de selecionar anúncios no jornal. A estudante de administração Juliana Bruno, de 22 anos, aderiu à busca virtual por considerá-la essencial: "Hoje, não dá para bater na porta da empresa", diz a jovem, à procura de uma oportunidade de estágio nas áreas de marketing e comercial. Juliana vê com otimismo o uso de aplicativos como o BeKnwon em uma rede social. "Todo mundo usa Facebook hoje", justifica.O CEO do Instituto Passadori de educação corporativa, Reinaldo Passadori, elege cinco qualidades de um bom perfil - claro, correto, conciso, consciente e consistente. E acrescenta: "Detalhes na hora da primeira impressão são importantes. Qualquer deslize pode ser um fator de eliminação".