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Dieese: PAC melhora nível de emprego em Recife

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Por Célia Froufe (Broadcast)
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O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) começa a refletir sobre o mercado de trabalho da Região Metropolitana de Recife. A avaliação foi apresentada hoje pela assessora de direção do Dieese, Patrícia Lino Costa. De acordo com ela, a taxa de desemprego na região passou de 19,2%, em setembro, para 18,8% em outubro, o menor porcentual da série histórica, iniciada em 1998. "A taxa de desemprego da região vem caindo há cinco meses consecutivos", comentou. Também mostrando tendência positiva, a taxa de ocupação do período, de 1,9%, subiu pelo terceiro mês consecutivo e foi a maior entre as seis regiões pesquisadas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal) pelo Dieese e pela Fundação Seade para a confecção da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Patrícia atribuiu grande parte da evolução desses números ao PAC. "Há investimentos no pólo de poliéster, temos a construção de um estaleiro, de refinarias e um desempenho muito positivo do setor de alimentação", enumerou, explicando que estes empreendimentos estão relacionados ao programa do governo federal e que as informações foram obtidas por técnicos locais. Mesmo apresentando um quadro positivo para o mercado de trabalho, a região da capital pernambucana é a que registra a segundo maior taxa de desemprego entre as seis analisadas e perde apenas para a de Salvador (21,5%). "Depois de sua importância no passado, Recife ainda não tinha encontrado sua vocação econômica", avaliou o coordenador de análises da Fundação Seade, Alexandre Loloian. No sentido oposto, entre as regiões analisadas, está Belo Horizonte. A região mantém a menor taxa de desemprego (11,5%), mas ela cresceu em outubro, na comparação com o mesmo anterior (11,4%). "Belo Horizonte vinha com redução acentuada da taxa de desemprego puxada, sobretudo, por setores industriais ligados ao aço e o segmento de metal-mecânica", disse Loloian. A piora de agora foi atribuída pelos técnicos ao desempenho negativo do setor têxtil.

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