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Diesel cai menos do que o esperado pelo governo

Por Nicola Pamplona
Atualização:

A redução do preço do diesel nas bombas ocorre em ritmo bem menor que o esperado pelo governo. Segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a queda acumula 2,28% desde a redução de 15% nas refinarias. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo calculava uma queda de 9,6% nas bombas, com a compensação do aumento na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), de R$ 0,04 por litro. Segundo a ANP, o preço médio do diesel no Brasil foi de R$ 2,057 por litro na semana passada, ante R$ 2,105 na semana do reajuste. Caso o repasse estimado pelo governo já tivesse chegado às bombas, o preço médio nacional estaria na casa dos R$ 1,90 por litro. Mas a pesquisa da agência identificou preços abaixo de R$ 2 em três Estados: Goiás (R$ 1,975), Tocantins (R$ 1,990) e Paraná (R$ 1,999). "Tem muita gente ainda com estoque antigo, comprado a preços mais caros. Mas ainda há espaço para que os preços baixem mais", disse o presidente da Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda. Segundo ele, a única distribuidora a repassar toda a redução do preço nas refinarias foi a Petrobrás. As demais estariam repassando valores inferiores ao estimado, por causa dos estoques antigos. Em São Paulo, a queda nas bombas foi ainda menor do que a média nacional: 2,02% desde o inicio do mês, atingindo um preço médio de R$ 2,076 por litro na semana passada. A pesquisa da ANP aponta que Roraima tem o diesel mais caro do País, em média a R$ 2,467 por litro.

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