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Diferença salarial entre homens e mulheres deve acabar em até 20 anos, diz Meirelles

Em evento do Grupo Estado, ministro da Fazenda afirmou que a reforma da Previdência busca igualar condições de aposentadoria

Foto do author Altamiro Silva Junior
Foto do author Francisco Carlos de Assis
Foto do author Thaís Barcellos
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast), Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e Thaís Barcellos (Broadcast)
Atualização:

A diferença salarial entre homens e mulheres deve levar até duas décadas para deixar de existir, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O ministro apontou que os dados mais recentes do mercado de trabalho mostram que entre os mais jovens os salários das mulheres já representam 99% do dos homens e que devem se igualar em breve. 

Já entre as pessoas mais velhas essa proporção é de 80%. Mas, segundo ele, em cerca de 20 anos tudo estará completamente igualado. As declarações foram dadas durante a abertura do Fóruns Estadão que trata da reforma da Previdência nesta quinta-feira, 9.

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O ministro também defendeu que a reforma da previdência visa a igualar as condições para aposentadoria de homens e mulheres. Ele acrescentou que para permitir que a idade mínima para a aposentadoria de mulheres seja de 60 anos, a dos homens teria que passar para 71 anos. Do contrário, disse, as contas não fecham.

Meirelles explicou ainda que a proposta de transição vai equilibrar as distorções atuais. "Num primeiro momento, mantém-se a situação [de desigualdade entre os gêneros], visto que as mulheres entram na transição com idade cinco anos abaixo da dos homens. [Pela regra de transição], apenas mulheres abaixo dos 45 anos atualmente entram no novo regime de 65 anos. [Entram na regra nova os homens abaixo dos 50 anos.] Isso se assemelha a muitos modelos de outros países que igualam a idade mínima por gênero."

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