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Dilma diz que recebeu Teixeira duas vezes na Casa Civil

'Querem criminalizar o nada', afirma ministra da Casa Civil sobre denúncias de pressão na venda da Varig

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Por Leonencio Nossa
Atualização:

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, informou nesta terça-feira, 24, que recebeu duas vezes o advogado e empresário Roberto Teixeira. Ela contou também que, em pelo menos um desses encontros estava presente também a advogada Valeska Teixeira Martins, filha dele. Segundo Dilma, nas duas ocasiões, pai e filha conversaram com ela sobre o processo de venda da Varig. A ministra disse que os dois encontros foram em "uma sala" da Casa Civil.   Veja também: Presidência confirma 6 encontros de Lula com Roberto Teixeira Entenda as denúncias contra a venda da Varig  Veja os principais pontos do depoimento de Denise Abreu Leia a reportagem do Estado que revelou o caso Varig    Recentemente, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil Denise Abreu acusou Teixeira de ter feito intermediação irregular nas negociações para venda da Varig. Denise Abreu também acusou Dilma de ter feito pressão para acelerar o processo de venda.   Nesta terça-feira à tarde, procurada pela Agência Estado, a assessoria de imprensa de Dilma havia afirmado que a ministra não recebera Roberto Teixeira e Valeska nas dependências da Casa Civil. Segundo a assessoria, Dilma só teria participado de encontros com o advogado e empresário no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a manhã, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que Lula, compadre de Teixeira, o recebeu seis vezes no Planalto, de agosto de 2006 a abril de 2008.   "Eu acho que há essa escandalização do nada. Querem criminalizar o nada", afirmou Dilma Rousseff, em conversa com jornalistas após solenidade no Palácio do Planalto. A ministra foi questionada sobre o motivo de os dois encontros com Teixeira não terem sido registrados na sua agenda oficial e por que a agenda divulgada por sua assessoria todos os dias "é uma ficção". A ministra respondeu: "Não sei. Vocês me desculpem. A minha agenda não é uma ficção pura. A minha agenda é, em alguns momentos, uma impossibilidade, porque eu tenho, às vezes, três encontros na mesma hora. Chega a ser uma impossibilidade. As informações são públicas. Eu atendo, em média, (por) quase 12 horas por dia."   Sobre a polêmica em torno das negociações relacionadas à venda da Varig, a ministra disse: "Eu participei bastante pouco do processo da Varig."

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