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Dilma: não há possibilidade de racionamento de energia

Por GERUSA MARQUES E LEONARDO GOY
Atualização:

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiu nesta tarde que "hoje não há a menor possibilidade de racionamento de energia". Em entrevista sobre o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Dilma explicou que a situação, hoje, é "bem diferente" da de 2001, ano em que ocorreu o racionamento no Brasil. Segundo ela, de 2001 para cá o porcentual de energia térmica aumentou de 11% para 20% e o de energia hidrelétrica foi reduzido de 89% para 80%. "Hoje faz parte estruturante da matriz energética a fonte térmica", disse a ministra. Ela ressaltou, no entanto, que muitas vezes pode parecer que o uso da energia térmica é feito por um defeito do sistema, ou por uma iminência de crise, mas a realidade é que as térmicas são usadas para substituir os grandes reservatórios de energia. As dimensões desses reservatórios, segundo a ministra, foram reduzidas por questões ambientais. Segundo ela, em 2001, não existiam nem usinas térmicas nem gás natural para abastecê-las. "Hoje temos térmicas e gás disponíveis, pelo aumento da oferta de gás no Brasil, vindo do Espírito Santo, de Santos (SP) e do Rio de Janeiro", afirmou. Dilma disse que a prioridade do gás natural é para as termelétricas. Ela assegurou que o governo não vai fazer nenhuma ação contra as pessoas que fizeram a conversão de seus veículos para o gás natural veicular (GNV). "Mas fazer a conversão agora é uma temeridade", afirmou. Ela ressaltou que no Brasil existem alternativas de combustíveis para os veículos como a gasolina e o álcool e que a utilização do GNV é mais indicada para transporte metropolitano de massa. "Nunca esqueçam que temos gasolina e álcool no Brasil", ressaltou. Angra Apesar de uma ação da Justiça estar atrasando o cronograma do projeto da usina nuclear de Angra 3, o andamento da obra está classificado como "adequado" (marcado com a cor verde) no balanço do PAC, divulgado hoje em Brasília. A própria Eletronuclear já admitiu há duas semanas que a liminar que anula as audiências públicas realizadas em 2007 dentro do processo de licenciamento ambiental da usina atrasará em pelo menos dois meses o cronograma. Questionada sobre a classificação da usina no balanço do PAC, Dilma disse "que o governo não considera dois, três, ou seis meses um atraso significativo" para um projeto como esse. "Além disso, temos certeza de que o problema jurídico vai ser solucionado", acrescentou.

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