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Dilma se antecipa às críticas ao PIB e faz discurso otimista

Presidente disse que a crise internacional se agravou, mas que o governo tem adotado medidas para diminuir seus impactos no País  

Por Anne Warth , Rafael Moraes Moura e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - Na semana em que o resultado do PIB do segundo trimestre deste ano será conhecido, a presidente Dilma Rousseff se antecipou às prováveis críticas de mais um fraco desempenho e fez um discurso otimista e a favor da competitividade da economia, na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). "É inadmissível que o País olhe apenas para o PIB", afirmou.

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A presidente disse que a crise internacional se agravou, mas que o governo tem adotado medidas para diminuir seus impactos no País no curto, médio e longo prazo. Dilma disse ser favorável ao aumento dos investimentos em educação, mas cobrou responsabilidade do Congresso Nacional, por meio da aprovação de recursos do fundo social, que será formado com royalties do pré-sal para este fim.

A presidente fez referência à redução da taxa básica de juros, decidida ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom), e afirmou que a Selic já está em um patamar bem mais civilizado que há um ano, porque o governo criou condições para que isso fosse possível. Gradativamente, segundo a presidente, o Brasil terá spreads bancários compatíveis com os cobrados em outros países do mundo.

Dilma aproveitou a oportunidade para reforçar as ações do governo na área de infraestrutura. Criticou o modelo de privatização das ferrovias feito durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como "absolutamente inconsistente", defendeu o pacote de concessões lançado por sua gestão no último dia 15, mas reconheceu que a infraestrutura no País precisa melhorar muito, com parcerias entre o setor público e privado.

Sem dar detalhes, voltou a lembrar que o governo vai anunciar medidas para reduzir o custo da energia elétrica e um novo pacote para portos e aeroportos já nas próximas semanas. Tudo para elevar o ânimo dos investidores em uma semana que deve confirmar mais um resultado fraco da economia brasileira.

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