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Dinheiro do FMI é proteção extra para o Brasil, diz Levy

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, disse hoje que os US$ 4,1 bilhões que devem ser liberados até amanhã pelo Fundo Monetário Internacional, dentro do acordo firmado no ano passado, serão uma proteção extra para o Brasil. "O Brasil vai pegar o dinheiro. É bom, está disponível", disse Levy, em entrevista ao programa Bom Dia, Brasil, da TV Globo. Segundo ele, apesar das exportações estarem bem e os investimentos voltando, o dinheiro do fundo é uma proteção extra. "É prudente ter esse dinheiro a mão". "Quando a gente faz um acordo não está contando só com aquilo. Faz parte de uma política de medidas no qual o acordo faz uma parte", acrescentou Levy, para quem o acordo com o Fundo tem elemento de sinal externo. O secretário disse que estudos realizados pelo governo concluíram que as agências reguladoras são essenciais em setores "às vezes monopolistas", principalmente na área de infra-estrutura. Esses estudos, segundo Levy, apontam aspectos que precisam ser melhorados e que estarão no novo marco regulatório, que vai definir o papel dessas agências. Entre eles, a prestação de contas e maior transparência, que vão permitir que os interesses de todos os interessados sejam atendidos. "É assim que a gente vai conduzir e modificar alguns aspectos que precisam de melhoria", disse. Joaquim Levy disse que as políticas monetária e fiscal têm de ser estáveis e não estáticas. "A política monetária não muda, vai continuar focando o controle da inflação. A inflação caiu, temos estabilidade de preços e a taxa de juros caiu. Isso quer dizer que a política mudou? Não, não mudou. Ela continua mirando na inflação. A mesma coisa na política fiscal. Ela vai se adaptar às circunstâncias, sempre com o objetivo de garantir a solidez das contas públicas para a taxa de juros também poder cair", disse Levy. Juros O secretário disse estar confiante na queda da taxa de juros real. "Isso é resultado de uma série de ações que têm de ser tomadas - não com estalar de dedos - e que a gente está trabalhando para alcançar. Então, eu acho que a taxa de juros real vai cair e continuar caindo", disse.

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