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"Dinheiro sacado dos fundos não foi para o câmbio", diz Bier

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, disse que o ministério tem um levantamento por amostragem indicando que o dinheiro sacado dos fundos de investimento desde 31 de maio "estão indo majoritariamente para poupança, CDB e, no caso da Caixa Econômica Federal, para letras hipotecárias e não para o câmbio. Ele afirmou que acredita que o Brasil terá, a médio prazo, taxa de juro real de um dígito e poderá crescer 4% ou 5% ao ano, mas negou estar se referindo à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). "O Banco Central não está olhando para outra variável que não a do conjunto dos efeitos que afetam a taxa de inflação ao definir taxas de juros", avaliou.Para Bier, a percepção de que o Tesouro e o BC inundaram o mercado com Letras Financeiras do Tesouro LFT é infundada e lembrou que houve um resgate líquido de R$ 23 bilhões de LFTs antes dessa turbulência toda. Na avaliação de Bier é incorreto dizer que não havia liquidez no mercado no início do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) em abril. Segundo Bier, está havendo alta de risco de outros países emergentes e até do México e não só do Brasil. De acordo com ele, o grande problema vem das economias centrais - Estados Unidos, Europa e Japão. Ele citou que há incertezas sobre a sustentabilidade da recuperação da economia americana, dúvidas sobre a nova economia, o (próprio investidor)está assustado com práticas de contabilidade adotadas por algumas empresas americanas e com tudo isso aumenta a aversão ao risco". Bier disse, também, que considera os 3,75% do PIB de superávit primário sejam suficientes não só para estabilizar a relação dívida/PIB mas também, para colocá-la em trajetória declinante.

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