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Diretor da Fiesp não vê melhora para indústria neste ano

Por Gabriela Lara
Atualização:

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini, afirmou nesta quinta-feira, 28, que a "lufada de otimismo" percebida no começo de 2013 perdeu força ao longo dos meses. "Eu diria que o desempenho da economia brasileira está vindo de frustração em frustração e 2013 vai ficar no passado como um ano não agradável de ser lembrado", disse em nota, ao analisar os dados do Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista do mês de outubro, divulgados nesta tarde pela Fiesp.O INA apontou queda de 0,4% da atividade industrial de São Paulo em outubro na comparação com setembro, na série com ajuste sazonal. "Não esperamos que exista recuperação ou melhoria para a indústria de transformação nos dois últimos meses do ano", revelou Francini. Segundo ele, o setor manufatureiro paulista deve encerrar 2013 com taxa positiva de 2,5%. A cifra, no entanto, não compensa as perdas registradas em 2012, quando a produção registrou baixa de 4,1%.Quase todas as variáveis consideradas no índice da Fiesp recuaram na leitura mensal. Segundo a federação, a baixa do INA foi motivada por variações negativas em componentes como Total de Horas Trabalhadas na Produção (-0,2%) e Total de Vendas Reais (-1,2%).Francini chamou a atenção ainda para o indicador que mede a percepção dos empresários paulistas com relação ao cenário econômico. De acordo com o Sensor, divulgado também nesta quinta pela Fiesp, a percepção geral em novembro, de 47,4 pontos, é a pior desde dezembro de 2012 (quando o item registrou 45 pontos). "O Sensor indica para não termos esperanças", disse Francini.SetoresConforme a Fiesp, a queda mais expressiva da indústria no mês de outubro ocorreu no setor de Móveis. O desempenho desse segmento caiu 4,9% ante setembro, influenciado principalmente pela redução de 8,3% do total de vendas reais.Na contramão, a indústria de Minerais não Metálicos teve ganhos de 2,4% em outubro. Contudo, Francini ponderou que os diferentes segmentos da indústria se movimentam em conjunto para uma determinada tendência e "poucos fogem dessa nuvem".

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