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Diretor do BNL elogia postura do BC quanto ao dólar

Como suspeitavam os operadores no início da manhã, a entrevista do BC e do Tesouro ajudou a definir uma tendência de baixa para a cotação hoje.

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de fundos do BNL, Claúdio Lellis, elogiou a postura transparente e não intervencionista do BC em relação ao câmbio. Hoje pela manhã, o diretor do BC, Luiz Fernando Figueiredo, e o secretário-adjunto do Tesouro, Rubens Sardenberg, convocaram entrevista para avisar que a compra do Tesouro este ano não será mais de US$ 3 bi, como tinha sido anunciado, e sim de US$ 1,2 bi. Segundo Lellis, o BC desmontou uma interpretação feita pelo mercado de que ele estaria gostando da alta do dólar e também especulações em torno da idéia de que haveria um teto e um piso informais para a cotação da moeda norte-americana. "O BC reafirmou que o câmbio é livre", diz, acrescentando que as declarações dos membros do BC e do Tesouro vieram somar-se a outras pequenas melhoras do cenário, ocorridas de ontem para hoje. Ele citou o resultado do IGP-M, que mostrou deflação de 0,05% e trouxe de volta a expectativa de corte na Selic. Como suspeitavam os operadores no início da manhã, a decisão do BC e do Tesouro de reduzir a compra de dólar ajudou a definir uma tendência de queda para a moeda hoje. Do total de uS$ 1,2 bi, o mercado deve descontar os US$ 260 mi que já foram adquiridos em janeiro. E mais cerca de US$ 59 mi comprados nos primeiros dias de fevereiro. Ou seja, o Tesouro vai adquirir US$ 84 mi mensalmente, mas este mês só faltam cerca de US$ 25 mi. "Com isso, o dólar recuou e deve permanecer abaixo de R$ 2", avalia um operador.

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