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Diretor do FMI se diz confiante em medidas contra a crise

Para Dominique Strauss-Kahn, recapitalização de bancos representa 'passo à frente'.

Por Bruno Accorsi
Atualização:

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, disse neste domingo, em Washington, que está confiante de que as medidas anunciadas para conter a crise econômica pela União Européia e pelos Estados Unidos. Neste domingo, os 15 países que adotam o euro como moeda oficial anunciaram um plano no qual garantem os empréstimos interbancários e medidas para recapitalizar os bancos do bloco. Mas as nações da zona do euro não especificaram os custos do pacote ou disseram como ele será financiado. ''Precisamos ver os detalhes, mas eu creio que é um importante passo à frente. Se eu acho que vai funcionar? Sim, eu acho que sim. Eu acho que agora nós temos uma resposta abrangente para a crise e eu creio que o mercado irá refletir isso'', afirmou Strauss-Kahn. Na sexta-feira, o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, anunciou que o governo americano irá comprar ações de bancos do país para garantir liquidez no sistema financeiro dos Estados Unidos. O anúncio de Paulson foi feito pouco após a realização de um encontro de emergência dos ministros das Finanças do G7 em Washington, no qual os países que integram o bloco anunciaram um vago plano de ação de cinco pontos para conter a crise. Após a divulgação do plano, Strauss-Kahn o criticou, dizendo que ele não era suficiente para restaurar a confiança dos mercados. Bolsas Indagado se quando os mercados asiáticos abrirem, nesta segunda-feira pela manhã, haverá um reflexo das ações tomadas por União Européia e Estados Unidos, o diretor do FMI foi evasivo. ''Esse tipo de pergunta inclui muita psicologia. Você nunca sabe o que vai acontecer. Não ponha na minha boca que eu tenho certeza que tudo irá funcionar. Mas eu estou confiante de que o que foi feito nos últimos dias, a começar pelas pelo G7, e depois com o encontro do Fundo (FMI) e do Banco (Mundial) e alguns minutos atrás com a reunião da zona do euro, que esse é exatamente o tipo de ações que temos que tomar.'' De acordo com o diretor do Fundo, o pacote americano de ajuda ao sistema financeiro no valor de US$ 700 bilhões, aprovado há pouco mais de uma semana, bem como o projeto de aquisição de partes de bancos, anunciado nesta sexta-feira, precisam ser implantados com agilidade. ''Acredito que o que foi feito nos Estados Unidos irá agora funcionar. (O projeto) precisa ser implementado, o quanto antes, melhor. Mas o plano de ação que foi apresentado pelo secretário Paulson, aprovado pelo Congresso (americano), é a ação correta a ser tomada nas próximas semanas'', afirmou. Strauss-Kahn acrescentou que a experiência do FMI mostra que muitas crises começam com problemas de liquidez, ''mas problemas de liquidez, quando eles se tornam muito grandes, se tornam problemas de insolvência''. ''Para resolver o problema da insolvência, você precisa agir diretamente e considerar a recapitalização (de bancos). O que estamos vendo agora na Grã-Bretanha e na zona do euro e também nos Estados Unidos é que a recapitalização é absolutamente necessária para consertar o problema.'' BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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