
20 de julho de 2011 | 00h00
NOVA YORK
Desde que Steve Jobs se licenciou do trabalho por questões de saúde, membros do comitê executivo da Apple discutiram a sucessão do executivo-chefe da empresa com especialistas em recrutamento e pelo menos um chefe de uma importante companhia de tecnologia, disseram fontes ao Wall Street Journal.
As conversas não foram destinadas a recrutar um novo executivo-chefe, e tiveram mais um caráter de explorar as opções da companhia, segundo fontes. Os diretores aparentemente não agiram em nome do comitê, disseram alguns dos envolvidos. A Apple tem sete diretores, incluindo o próprio Steve Jobs.
Não está claro se Jobs estava ciente das discussões. Em resposta a perguntas do WSJ sobre as discussões, Jobs disse segunda-feira, em um e-mail, que achava se tratar de conversa sem sentido. Um porta-voz da Apple não quis comentar o assunto.
As conversas ocorreram depois que Jobs, 56 anos, tirou sua segunda licença médica em dois anos por causa uma doença não revelada. Ele continua executivo-chefe e ativo durante a licença, segundo pessoas próximas à empresa. Mas abandonou algumas tarefas e não marcou data para retornar ao trabalho diário.
Resultado. Ontem, a Apple divulgou que seu lucro do terceiro trimestre fiscal mais do que dobrou na comparação com igual período do ano passado, impulsionado por um aumento nas vendas de iPhones e iPads.
No trimestre encerrado em 25 de junho, a Apple obteve um lucro de US$ 7,31 bilhões, ou US$ 7,79 por ação, acima das projeções de US$ 5,09. No mesmo período de 2010, o lucro havia sido de US$ 3,25 bilhões, ou US$ 3,51 por papel. A receita subiu 82%, para US$ 28,57 bilhões - 38% do total foi originado nos EUA. Os resultados vieram bem acima do que vinha sendo previsto pelos analistas de mercado.
A Apple vendeu 9,3 milhões de iPads no trimestre, quase o triplo das vendas registradas no mesmo período de 2010. As vendas de iPhones dobraram, atingindo 20 milhões de unidades. / DOW JONES NEWSWIRES
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