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Dirigentes do Fed defendem alta dos juros este mês nos EUA

Em meio a pressão inflacionária, os presidentes do Federal Reserve de Atlanta e Cleveland cobram do Banco Central americano uma postura mais "enérgica" para frear inflação nos EUA

Por Gabriel Caldeira e Gabriel Bueno da Costa
Atualização:

Presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic defendeu que o BC americano abandone a postura atual e suba a taxa de juros a um patamar “razoável”. O dirigente defendeu um aumento de 0,25 ponto na taxa dos Fed funds na reunião deste mês, mas deixou em aberto a possibilidade de uma alta de 0,5 ponto, caso a inflação nos Estados Unidos siga “em níveis elevados” como os atuais.

Dirigentes do Federal Reserve cobram por mais altas dos juros americanos para frear pressão inflacionária no País. Foto: Stefani Reynolds/The New York Times - 5/12/2021

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Durante palestra a alunos da Universidade Harvard ontem, Bostic ressaltou ser necessário que o Fed seja “enérgico” em relação ao seu objetivo de manter os preços sob controle. Segundo ele, todas as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em 2022 podem ser consideradas para um aumento de 0,5 ponto porcentual do juro.

Ainda que a ampla pressão inflacionária tenha atingido as expectativas de curto prazo, ele disse que as expectativas de longo prazo – de cinco a dez anos – “não se moveram significativamente”.

Demanda elevada

Bostic, que não tem direito a voto nas decisões monetárias do Fed este ano, explicou que o atual nível dos preços no mercado norte-americano é provocado por alguns fatores, como a demanda elevada de consumidores, problemas na cadeia de suprimentos que afetam a capacidade do setor privado de suprir a alta demanda, baixa oferta de mão de obra e a postura “massivamente acomodatícia” do Fed durante a crise provocada pelo coronavírus.

Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, também defendeu a alta dos juros este mês. Além disso, afirmou que será necessário “uma série de altas” depois disso.

Com direito a voto nas decisões de política monetária, Mester afirmou que a tarefa do Fed agora é “recalibrar a política”, em um quadro de atividade e mercado de trabalho fortes e inflação elevada.

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