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Distribuidoras de energia podem reajustar tarifas

O reajuste varia de 13,39% a 18,08% e será concedido a 12 distribuidoras de energia elétrica.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou 12 distribuidoras do Interior dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Paraíba a reajustar, a partir deste sábado, suas tarifas de energia elétrica. O reajuste varia de 13,39% a 18,08%. Os reajustes definidos para cada distribuidora são os seguintes: Empresa Luz e Força Santa Maria, no Espírito Santo, 16,74%; Companhia Luz e Força de Mococa, Minas Gerais e São Paulo, 16,91%; Companhia Sul Paulista de Energia, em São Paulo, 16,78%; Companhia Paulista de Energia Elétrica, em São Paulo, 14,85%; Companhia Jaguari de Energia, em São Paulo, 18,08%; Também podem aumentar os preços de suas tarifas: Companhia Luz e Força Santa Cruz, em São Paulo e Paraná, 15,62%; Caiua-Serviços de Eletricidade S/A, em São Paulo, 15,60%; Companhia Nacional de Energia Elétrica, em São Paulo, 14,62%; Empresa Elétrica Bragantina S/A, em Minas Gerais e São Paulo, 15,34%; Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema S/A, em São Paulo, 13,39%; Companhia Força e Luz do Oeste, no Paraná, 17,42%; e Companhia Energética da Borborema, na Paraíba, 15,93%. Segundo a Aneel, para que fossem concedidos os reajustes foram considerados custos da energia comprada, a conta de consumo de combustível, a reserva global de reversão, a compensação financeira, a taxa de fiscalização, os encargos de conexão e transmissão, além da variação do IGP-M dos últimos 12 a 18 meses, dependendo da distribuidora. O diretor-geral da Aneel, José Mario Abdo, explicou que os índices de reajuste que estão acima dos concedidos anteriormente não representam uma tendência para os demais reajustes deste ano. Ele disse que os reajustes foram mais altos porque foi considerado um período acima de 12 meses para que a data de reajuste das tarifas das distribuidoras coincidisse com a data de reajuste das geradoras de energia. Cotas de consumo - A Aneel também fixou os valores das cotas anuais da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). A CCC é o rateio do custo dos combustíveis fósseis que são usados para a geração termelétrica recolhido mensalmente pelas distribuidoras de energia elétrica, que repassam parte desse valor para o consumidor. Segundo a Aneel, a CCC para 2002 será de R$ 1,996 bi, o mesmo valor da CCC do ano passado. Para o cálculo das cotas anuais de 2001, a Aneel considerou um cenário que prevê queda média de 8,78% no preço do óleo combustível usado nas usinas térmicas em relação ao preço praticado em dezembro de 2000. Ainda de acordo com a Agência, as cotas da CCC poderão ser revistas em abril deste ano, quando termina o período de chuvas, o que possibilitará a reavaliação do custo dos combustíveis e dos volumes de geração térmica e hidráulica para este ano. Apesar de não ter havido variação do valor da CCC na média nacional, houve diferença nos três sistemas do parque de energia brasileiro. No sistema isolado, que compreende a região Norte, com exceção do Pará e Tocantins, a CCC passou de R$ 653 milhões para R$ 878 mi. No sistema Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a CCC caiu de R$ 1,26 bi para R$ 1,09 bi. No sistema Nordeste mais Pará e Tocantins, a CCC caiu de R$ 76,5 mi para R$ 21,2 mi.

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