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Dívida cambial em títulos do governo federal recua em 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) do Banco Central, Sergio Goldesntein, previu hoje que a parcela da dívida em títulos do governo federal atrelados à taxa de câmbio deve fechar o ano em cerca de 10,5% do total do endividamento. Até novembro, a exposição da dívida cambial estava em 10,35%. Goldesentein avaliou que a redução da exposição cambial da dívida pública em 2004 (veja quadro ao lado) foi um processo "extremamente" positivo para a economia brasileira, porque reduziu a vulnerabilidade do País. "Foi um processo rápido e significativo", comemorou. Ele atribuiu a queda da dívida cambial a três principais fatores: menor volatilidade (oscilação) da taxa de câmbio ao longo do ano; percepção dos agentes econômicos de que não há pressões sobre o balanço de pagamentos externo e redução do passivo externo do setor privado. "A redução da dívida externa do setor privado diminuiu a necessidade de demanda por hedge cambial (proteção em dólar)", afirmou o chefe do Demab. Segundo ele, a estratégia de redução da exposição cambial da dívida continuará em 2005. "Até o momento, não há mudança de estratégia por parte do BC", afirmou ele. Goldenstein, no entanto, fez questão de ressaltar que essa estratégia não tem nenhuma vinculação com formação de taxa de câmbio. "Não estamos mirando nenhum objetivo de taxa de câmbio", destacou.

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