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Dívida corrigida pela Selic sobe para 20,64% do total

Por EDUARDO RODRIGUES E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

A parcela de títulos atrelados à taxa Selic (taxa flutuante) subiu de 20,32% em janeiro para 20,64% do total da Dívida Pública Federal (DPF) em fevereiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 25, pelo Tesouro Nacional. Essa proporção continua acima do previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2014 (14% a 19%). A participação de títulos prefixados também aumentou, de 38,68% em janeiro para 39,07% em fevereiro. Já os títulos atrelados à inflação fecharam o mês passado em 35,91%, ante 36,36% do total da DPF em janeiro. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio diminuiu de 4,64% para 4,38% do total da DPF. Custo médioO custo médio da DPF nos últimos 12 meses caiu de 11,61% ao ano para 11,57% ao ano em fevereiro. O custo médio da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em 12 meses subiu no mesmo período, de 10,80% para 10,87% ao ano, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O prazo médio da DPF caiu de 4,39 anos em janeiro para 4,36 anos em fevereiro. A parcela da DPF a vencer em 12 meses atingiu 24,74% do total do estoque no mês passado, ante 24,81% em janeiro. Atuação do TesouroO coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, disse que a atuação do Tesouro Nacional foi importante para redução da volatilidade no mercado de juros em fevereiro. Ele destacou que o Tesouro realizou leilões de compra extraordinários que não estavam previstos no cronograma, de títulos prefixados no início de fevereiro, de títulos com vencimento em janeiro de 2017, que obtiveram taxas de 13,09% a 13,10%. "Hoje, essas taxas estão em 12,60% no mercado secundário", comparou. Segundo ele, o movimento de estabilização dos preços se expressa desde fevereiro e continua não só nas taxas com nos volumes de março. "Estamos com cerca de R$ 50 bilhões de títulos já vendidos em março. Inclusive houve no mês um dos leilões que foi o maior da historia do Tesouro em número de recursos arrecadados", destacou. Segundo ele, março deve ser o primeiro ou segundo mês com maior numero de títulos vendidos em ofertas públicas. "Hoje já é o segundo maior, perdendo apenas para setembro do ano passado (R$ 52 bilhões)", informou.

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