PUBLICIDADE

Publicidade

Dívida do governo cai 3,5% em julho, para R$ 1,204 tri

Por FERNANDO NAKAGAWA E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

Após dois meses em alta, a dívida pública em títulos interna do governo federal caiu em julho, para R$ 1,204 trilhão, segundo dados apresentados hoje pelo Tesouro Nacional. O valor é 3,44% menor do que o registrado em junho, quando a dívida era de R$ 1,247 trilhão. Entre um mês e outro o valor caiu em termos nominais R$ 42,885 bilhões. Segundo a nota do Tesouro, a redução da dívida ocorreu em virtude do resgate líquido de R$ 57,5 bilhões em julho. Ainda conforme o Tesouro, essa redução foi compensada em parte pela apropriação de juros, que somou R$ 14,6 bilhões no mês passado. A dívida pública federal total - que inclui, além da dívida interna, a externa - teve redução de 3,39% em julho na comparação com junho, para R$ 1,297 trilhão. Especificamente sobre a dívida pública federal externa, houve redução de 2,70%, para R$ 93,5 bilhões, o equivalente a US$ 59,7 bilhões. Perfil pior Apesar da queda de R$ 42,88 bilhões em julho, a dívida interna em títulos públicos registrou uma piora no seu perfil. A parcela da dívida atrelada a títulos prefixados (considerados de menor risco à oscilação de mercado) caiu para o menor patamar desde julho de 2006, atingindo 30,88% do total do estoque. Por outro, a participação de papéis corrigidos pela taxa de juros Selic aumentou de 34,46% para 36,82% - o maior nível desde abril de 2007. Papéis corrigidos pela taxa Selic são os preferidos dos investidores em momentos de maior volatilidade do mercado financeiro. Em julho, o Tesouro vendeu R$ 12,3 bilhões em títulos atrelados à Selic. Com a inflação em alta, a parcela de títulos atrelados à índices de preços subiu para 29,47%. Esse é o maior patamar da série histórica do Tesouro Nacional, iniciada em 1999. Custo O Tesouro também informou que o custo médio da dívida interna nos últimos 12 meses subiu de 12,91% para 13,11% ao ano. Segundo o Tesouro, isso ocorreu por conseqüência do aumento dos índices de preço no período.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.