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Dívida em títulos do governo cresce em outubro e perfil piora

O perfil piorou um pouco, já que aumentou a parcela de títulos pós-fixados, ou seja, aqueles que ficam vulneráveis à oscilação das taxas de juros.

Por Agencia Estado
Atualização:

A dívida pública mobiliária federal interna ( dívida em títulos) atingiu em outubro R$ 937,34 bilhões. O valor é 0,4% superior ao verificado em setembro. Em valores nominais é R$ 4,12 bilhões maior. Além do aumento da dívida, o perfil piorou um pouco, já que aumentou a parcela de títulos pós-fixados, ou seja, aqueles que ficam vulneráveis à oscilação das taxas de juros. Eles totalizaram no mês passado 55,68% (R$ 521,93 bilhões). No mês anterior representavam 54,33%. A piora do perfil da dívida também é percebida no recuo da parcela dos títulos prefixados que, ao contrário dos pós-fixados, já têm definido seu rendimento na data de emissão dos papéis. Esta parte da dívida recuou de 25,76% em setembro para 24,48% em outubro, passando a R$ 229,44 bilhões. A participação dos papéis atrelados a índices de preço também apresentou um ligeiro aumento de 13,63% para 13,85% (R$ 129,83 bilhões). A dívida indexada a câmbio ficou praticamente estável, passando de 3,82% para 3,78% (R$ 35,46 bilhões). Os papéis atrelados à Taxa Referencial (TR) tiveram queda passando de 2,46% para 2,21% (R$ 20,67 bilhões). Prazo médio da dívida O prazo médio dos títulos da dívida mobiliária federal interna teve um ligeiro aumento em outubro passado, subindo de 27,21 meses para 27,46 meses. O prazo médio continua fora do intervalo definido como meta no Plano Anual de Financiamento da Dívida deste ano, que é entre 28 e 34 meses. O prazo de emissões dos títulos em ofertas públicas subiu de 27,54 meses, em setembro, para 29,93 meses. De acordo com nota do Tesouro Nacional, o aumento do prazo médio dos títulos ofertados nos leilões se deve ao crescimento da participação dos papéis remunerados pela taxa Selic ao longo do mês. A dívida de curto prazo, com vencimento em até 12 meses subiu para 41,72% em outubro. Em setembro, esse indicador ficou em 41,02%. No plano anual de financiamento do Tesouro, o objetivo do governo é chegar até o final do ano com esse indicador entre 40% e 45%. Desde junho, este porcentual não apresentava aumento. Principais credores da dívida A participação das instituições financeiras estrangeiras na compra de títulos públicos caiu em outubro, na comparação com setembro. As emissões do Tesouro Nacional totalizaram no mês passado R$ 38,83 bilhões. As instituições estrangeiras adquiriram 25,39% dos títulos vendidos em oferta pública do Tesouro em outubro. No mês anterior, compraram 32,62%. Já as instituições nacionais adquiriram 74,61% dos títulos vendidos em oferta pública. Em setembro, compraram 67,38%.

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