Publicidade

Dívida externa argentina cresce US$ 1,6 bilhão no 2º trimestre

Por Agencia Estado
Atualização:

A dívida externa argentina cresceu US$ 1,6 bilhão no segundo trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre, de acordo com dados do Ministério de Economia, divulgados na noite de quinta-feira. Agora, o total da dívida do país a credores externos já soma US$ 134,17 bilhões. Considerando os pouco mais de 36 milhões de argentinos, cada um estaria devendo hoje cerca de US$ 3,6 mil ou quase 13,4 mil pesos ao câmbio de hoje. Os dados do ministério mostram ainda que, entre abril e junho, a Argentina atrasou US$ 2,65 bilhões em amortização e juros, que, somados aos atrasos do primeiro trimestre, chegam a US$ 4,8 bilhões nos seis primeiros meses do ano, dos quais 68% correspondem ao setor público, de acordo com o Ministério de Economia. Ainda no segundo trimestre, o setor público e o Banco Central aumentaram seu endividamento em US$ 3,3 bilhões, mas a dívida do setor privado não-financeiro caiu US$ 1,2 bilhão e a do setor bancário em 600 milhões. Ainda nesse período, o setor público não-financeiro acumulou atrasos de pagamento em suas obrigações num montante de US$ 1,54 bilhão (US$ 576 milhões por capital e US$ 960 milhões por juros), ao que deve somar-se outros US$ 933 milhões do setor privado não-financeiro e US$ 177 milhões da área bancária. O informe revela ainda que as reservas do Banco Central em junho mostravam uma queda de US$ 3,15 bilhões, ficando em um nível de US$ 9,63 bilhões. O governo atribui essa forte queda à venda líquida de US$ 1,4 bilhão no mercado de câmbio para segurar a cotação do peso. Os últimos dados oficias do BC argentino mostram que as reservas internacionais do país no dia 24 de setembro somavam US$ 9,476 bilhões, que o governo não quer mais usar para pagar vencimentos e juros no próximo mês ao Banco Mundial (US$ 1 bilhão) e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (US$ 800 milhões). O informe do ministério mostra que o balanço da conta corrente no segundo trimestre do ano registra um superávit de US$ 2,7 bilhões, ante um déficit de US$ 1,06 bilhão em igual período do ano passado. Essa reversão do quadro das contas do país se devem, de acordo com o governo, à redução das importações de mercadorias e serviços. Na primeira metade do ano, o balanço de pagamentos teve um saldo positivo de US$ 4,19 bilhões. Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.