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Dívida externa em setembro é a menor desde 1996

Altamir Lopes disse que as reservas internacionais somam hoje um valor que possibilitaria o pagamento de todos os vencimentos de principal e juros da dívida externa em 2006, caso isso fosse necessário.

Por Agencia Estado
Atualização:

A dívida externa do Brasil fechou setembro em US$ 183,151 bilhões. O valor, divulgado hoje pelo Banco Central, é superior aos US$ 181,626 bilhões de agosto. Em dezembro do ano passado, a dívida externa estava em US$ 201,374 bilhões. A dívida externa de setembro, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, é o menor desde dezembro de 1996. Ele disse ainda que o dado de setembro é efetivo e não estimado como ocorreu no mês passado. De acordo com Altamir Lopes, é bastante provável que a dívida brasileira recue para níveis inferiores ao de dezembro de 96 com o pagamento antecipado neste mês da dívida que o Brasil tem com o FMI. Em setembro deste ano, a dívida externa de médio e longo prazo aumentou em relação a agosto, de US$ 164,880 bilhões para US$ 166,706 bilhões. A dívida de curto prazo, por sua vez, caiu dos US$ 16,746 bilhões de agosto para US$ 16,445 bilhões em setembro. Reservas pagariam dívida de 2006 Altamir Lopes disse que as reservas internacionais somam hoje um valor que possibilitaria o pagamento de todos os vencimentos de principal e juros da dívida externa em 2006, caso isso fosse necessário. "Estou imaginando aí uma situação de estresse absoluto, em que nem o setor privado conseguiria pagar seus compromissos externos", disse Altamir. Neste cenário hipotético, o chefe do Depec disse que ainda sobrariam das reservas cerca de US$ 20 bilhões após o pagamento de todos os compromissos da dívida externa no próximo ano. A relação entre dívida externa total líquida e as exportações atingiu em setembro também o seu melhor patamar desde 1947. Em setembro passado, a razão entre os dois indicadores correspondia a 1,0 (ou seja, dívida externa igual às exportações). A proporção entre a dívida externa líquida e o PIB, segundo Altamir, atingiu 14,8% em setembro, o menor porcentual desde os 12,1% de 1996.

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