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Dívida interna cai 0,21% e chega a R$ 1,013 trilhão

A queda foi praticamente estável, visto que em junho o valor era de R$ 1,016 trilhão

Por Agencia Estado
Atualização:

A dívida mobiliária federal interna caiu 0,21%, em julho, atingindo R$ 1,013 trilhão. Com a pequena variação, a quantia permaneceu estável, tendo em vista que em junho o montante era de R$ 1,016 trilhão. Desse valor, em julho, os investidores estrangeiros detinham R$ 23 bilhões, contra R$ 22 bilhões em junho. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional, a participação dos títulos prefixados caiu de 31,45% em junho para 30,36% em julho, atingindo R$ 307,79 bilhões. Os títulos atrelados a taxa básica de juros (a Selic, atualmente em 14,75% ao ano) se mantiveram praticamente estáveis, passando de 46,25% para 46,95%, totalizando R$ 476,02 bilhões. Os papéis indexados a índices de preços também tiveram pouca alteração no período, passando de 21,73% para 21,91% do total da dívida mobiliária. Esses papéis representam R$ 222,17 bilhões. O Brasil também continua credor em dólar no equivalente a R$ 14,63 bilhões. Já os papéis atrelados à taxa referencial subiram de 2% na participação da dívida total em junho para 2,23% em julho, totalizando R$ 22,52 bilhões. Juros e prazo médio O impacto dos juros na dívida mobiliária federal interna foi, em julho, da ordem de R$ 11,7 bilhões. Mas, por conta do resgate líquido de R$ 13,850 bilhões em títulos feito pelo Tesouro no mês passado, a dívida caiu em relação a junho, passando de R$ 1,016 trilhão para R$ 1,013 trilhão. O prazo médio do estoque da dívida pública mobiliária federal interna teve ligeira alta, atingindo 29,95 meses. Em junho, este indicador estava em 29,22 meses. O intervalo definido do Plano Anual de Financiamento da Dívida deste ano prevê que o prazo médio fique entre 30 e 35 meses. De acordo com o Tesouro e o Banco Central, o prazo médio da dívida prefixada subiu de 10,84 meses para 11,89 meses. Já os títulos atrelados à taxa Selic tiveram prazo elevado de 19,56 meses para 19,95 meses. Os papéis vinculados a índices de preços tiveram seu prazo médio reduzido de 65,50 meses para 64,99 meses. A parcela atrelada à taxa de câmbio, por sua vez, teve prazo médio reduzido de 70,98 meses para 70,0 meses. Por fim, os títulos com rentabilidade atrelada à tarifa referencial tiveram prazo aumentado de 81,24 meses para 82,18 meses. Dívida a vencer A dívida a vencer em 12 meses teve ligeira alta de junho para julho, passando de 41,13% para 41,20% do total, o equivalente a R$ 417,70 bilhões. Os papéis prefixados são os que têm o maior volume a vencer dentro de um ano: 64,65% do total desta categoria. Em junho, os prefixados representavam 58,97% do total. Nos títulos atrelados à taxa Selic, a parcela a vencer em 12 meses caiu de 43,10% para 39,93% do total deste grupo. Os vinculados a índices de preços, entretanto, ficaram estáveis, com 14,50% também do total da categoria. Já os títulos atrelados à taxa de câmbio subiram de 44% para 44,16% do total dos títulos indexados ao dólar. Instituições financeiras As instituições financeiras estrangeiras adquiriram 30,9% do volume total de títulos públicos emitidos no mês de julho. Grande parte deles foram prefixados, na sua maioria com vencimentos acima de 10 anos. As instituições estrangeiras ficaram com 46,9% do total de títulos prefixados emitidos no mês. Elas também adquiriram 22,4% dos papéis atrelados a índices de preços e somente 4,4% dos títulos reajustados pela taxa Selic. Já as instituições financeiras nacionais adquiriram 69,1% do volume total de títulos públicos emitidos em julho. No entanto, a procura maior foi pelos títulos atrelados à taxa Selic. Os bancos nacionais ficaram com 95,6% desses papéis, no mês de julho. Os bancos nacionais também adquiriram 77,4% dos títulos atrelados a índices de preço e 53,1% dos papéis prefixados. Títulos a vencer O Tesouro acredita que a parcela dos títulos a vencer em até 12 meses vai ficar dentro dos limites definidos no PAF, até o final do ano. Em julho a parcela da dívida a vencer em 12 meses ficou em 41,30% do total ante 41,13% em junho. Segundo o coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Manoel Augusto Silva, no último trimestre do ano esses índices devem convergir para os níveis do PAF. Isso porque, segundo ele, especialmente em outubro e novembro, o volume de vencimentos neste ano será muito maior do que nos mesmos meses de 2007, impactando favoravelmente esse indicador. O PAF 2006 define como meta que a dívida a vencer em 12 meses fica em 31% e 36% do total. NTN-B O chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) do Banco Central, Ivan de Oliveira Lima, afirmou que houve um aumento nas negociações de NTN-B no mercado secundário, em julho. Segundo ele, houve uma "pequena reversão" no movimento dos fundos de previdência e nos fundos de pensão, que tinham se retraído, mas voltaram a negociar esses papéis em julho. Oliveira Lima disse que esse movimento pode ser explicado em parte pelo fato do Tesouro ter realizado apenas um leilão de NTN-B em julho, fazendo com que os investidores interessados nesses papéis procurassem negociá-los no mercado secundário. Pelos dados do Banco Central, a NTN-B com vencimento em 15 de agosto de 2010 foi o título mais negociado em julho. As médias de negociação foram de R$ 544,5 milhões e de 132 operações por dia. A NTN-B com vencimento em 15 de maio de 2009 foi a segunda mais negociada no mercado secundário, registrando médias diárias de R$ 196,3 milhões e 22,7 operações diárias. Matéria ampliada às 14h37

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