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Dívida pública cresce 0,28% em setembro, para R$ 1,315 tri

Dívida interna do País cresce 0,99%, para 1,2 trilhão; endividamento externo cai, com valorização do real

Por FABIO GRANER E ADRIANA FERNANDES
Atualização:

A dívida pública federal - soma dos endividamentos interno e externo do governo - subiu para R$ 1,315 trilhão no mês de setembro, variação de 0,28% na comparação com R$ 1,312 trilhão de agosto. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Tesouro Nacional. Veja também:Leia a íntegra do relatório sobre a dívida pública federal  A dívida interna do País subiu 0,99% em setembro ante agosto, atingindo R$ 1,200 trilhão. O resultado, de acordo com a nota do Tesouro, ocorreu por conta de emissão líquida de títulos no valor de R$ 697 milhões e também pela apropriação de juros de R$ 11,049 bilhões. A parcela prefixada da dívida subiu de 36,43% em agosto para 36,84% em setembro. A participação da dívida atrelada a índices de preços subiu de 24,85% para 25,66%. Os títulos indexados à taxa básica de juros, a Selic , tiveram queda na participação, passando de 35,31% para 34,23%, sem considerar as operações de swap cambial reverso. A dívida indexada ao câmbio passou de 1,09% para 1,02%, sem os swaps. A dívida atrelada à TR recuou de 2,32% para 2,26%. Títulos a vencer A parcela da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) a vencer em até 12 meses recuou de 34,09% para 33,15% em setembro. O Plano de Anual de Financiamento (PAF) prevê que a dívida em 12 meses fique de 23% a 33%. O prazo médio da dívida interna subiu de 35,26 meses para 36,05 meses. O indicador já está no teto da banda definida pelo PAF, que vai de 32 a 36 meses. O prazo médio das emissões da dívida recuou de 55,86 meses para 52,78 meses. A vida média da dívida, que exclui os pagamentos intermediários, passou de 53,77 meses para 54,83 meses. Dívida externa Já a dívida pública federal externa caiu de R$ 123,19 bilhões em agosto para R$ 115,08 bilhões em setembro. Segundo a nota divulgada pelo Tesouro, a redução ocorreu em razão da valorização do real frente ao dólar. O movimento mais significativo ocorreu nos Globals denominados em dólar que passaram de R$ 71,69 bilhões para R$ 65,70 bilhões em setembro. Nos títulos em reais, houve ligeira alta no estoque, que passou de R$ 10,37 bilhões em agosto para R$ 10,47 bilhões no mês passado. A dívida em euro recuou de R$ 13,61 bilhões para R$ 13,22 bilhões. Custo Segundo o Tesouro Nacional, o custo médio da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) acumulado em 12 meses recuou de 13,45% para 13,16% em setembro. Somente no mês passado, o custo médio ficou em 11,89% ao ano por causa da valorização do real ante o dólar e também por conta da menor variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e da taxa Selic. O custo médio de toda a dívida pública federal, que inclui também a dívida externa, foi de 12,07% ao ano nos últimos 12 meses encerrados em setembro, ante 12,71% em 12 meses encerrados em agosto. Somente no mês, o custo foi de 8,28% ao ano ante 17,97% em agosto, determinado basicamente pela valorização do real ante o dólar. "Vale ressaltar que o custo médio acumulado em 12 meses reflete melhor o comportamento do custo de financiamento da dívida ao longo do tempo, tendo em vista que o indicador reduz a influência das variações de curto prazo nos indexadores dos títulos públicos", diz nota do Tesouro.

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