O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 1,35% em julho, o equivalente a R$ 18 bilhões, e atingiu R$ 2,1 trilhões. Em junho, o estoque estava em R$ 2,2 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional.
A correção de juros no estoque da dívida pública federal foi de R$ 21,7 bilhões no mês passado. O montante inclui a dívida interna e externa.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 1,39% e fechou o mês em R$ 2 trilhões. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,56% menor, somando R$ 91,2 bilhões em julho.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, disse que os investidores estrangeiros aumentaram sua participação na dívida pública brasileira.
Segundo ele, os R$ 385 bilhões na carteira de estrangeiros é o maior volume já registrado pelo Tesouro Nacional. A participação de 18,5% em relação ao total de detentores da dívida pública é a maior para investidores estrangeiros.
Semestre. No acumulado do primeiro semestre de 2014, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu em relação ao estoque da DPF no fim de 2013. O estoque registra no período uma alta de 2,37%, ou R$ 50,3 bilhões.
Até abril, o estoque da dívida vinha em trajetória de queda com o resgate líquidos de papéis. Segundo os dados do Tesouro Nacional, de janeiro a julho houve um resgate líquido de R$ 80 bilhões e uma apropriação de juros de R$ 131,2 bilhões. Dessa forma, o estoque da DPF, que ao final de dezembro de 2013 era de R$ 2,1 trilhões, subiu a R$ 2,2 trilhões no mês passado. Em julho, o Tesouro Nacional fez resgate líquido de R$ 51,5 bilhões.
Tesouro Direto. O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, disse que em julho de 2014 houve aumento de 6.333 novos investidores no Tesouro Direto, esse foi o segundo maior número da série, desde 2002, quando foi lançado o programa. O único mês superior a esse valor foi janeiro de 2012.
"Isso é consequência da atratividade do programa, do bom momento para compra de títulos públicos em função das elevadas taxas de rentabilidade para o investidor", avaliou Garrido. Tivemos também volume expressivo de compras. De janeiro a julho foram emitidos mais de R$ 3 bilhões no Tesouro Direto.