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Dívida pública federal cresce 2,6%, para R$ 1,260 trilhão

Em termos nominais, o crescimento dos endividamentos do País foi de R$ 31,967 bi

Por Agencia Estado
Atualização:

A dívida pública federal (soma dos endividamentos internos e externos) fechou fevereiro em R$ 1,260 trilhão. O valor é 2,6% maior que o resultado em janeiro, quando a dívida ficou em R$ 1,228 trilhão. Em termos nominais, sem descontar a inflação, o crescimento foi de R$ 31,967 bilhões. De acordo com o Tesouro, essa variação ocorreu em função da emissão líquida de R$ 20,776 bilhões e apropriação de juros da dívida de R$ 11,191 bilhões em fevereiro. A apropriação dos juros correspondeu a 0,91% do estoque da dívida pública federal, porcentual inferior ao de janeiro de 1,01%. Essa queda se deveu, principalmente, ao menor número de dias úteis em fevereiro. A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFI) teve alta de 3% em fevereiro, passando de R$ 1,087 trilhão em janeiro para R$ 1,120 trilhão no segundo mês de 2007. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Tesouro, a participação dos títulos pré-fixados na composição da dívida subiu de 34,53% em janeiro para 35,39% em fevereiro, totalizando R$ 396,33 bilhões. Já os papéis atrelados à taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 12,75% ao ano), recuaram de 41,29% em janeiro para 40,75% em fevereiro, somando R$ 456,43 bilhões, valor que considera as operações de swap. Sem estas operações, os títulos atrelados à Selic somam R$ 430,40 bilhões, o equivalente a 38,43% do total da dívida. Os papéis atrelados a índice de preços também tiveram uma queda na composição geral da dívida: de 23,05% em janeiro para 22,59% em fevereiro, totalizando R$ 253,02 bilhões. A parcela atrelada ao câmbio recuou de 1,30% para 1,26% do total da dívida na mesma comparação, alcançando R$ 14,15 bilhões, sem incorporar as operações de swap cambial. Se estas operações forem contabilizadas, o Brasil é credor em dólares no equivalente a R$ 11,88 bilhões. Já os títulos atrelados à Taxa Referencial (TR) tiveram sua participação ampliada de 2,23% em janeiro para 2,33% em fevereiro, somando R$ 26,15 bilhões. Juros O crescimento de R$ 32,153 bilhões em fevereiro da dívida pública mobiliária federal interna é resultado da emissão líquida de R$ 21,8 bilhões ocorrida no mês e à apropriação dos juros da dívida no valor de R$ 10,340 bilhões. A apropriação dos juros correspondeu a 0,84% do estoque da dívida. As emissões de títulos somaram em fevereiro R$ 40,7 bilhões enquanto que o total de resgates no mês foi de R$ 18,9 bilhões. Dívida externa A dívida pública federal externa caiu de R$ 140,53 bilhões em janeiro para R$ 140,34 bilhões em fevereiro. Com isso, houve uma redução de R$ 187 milhões. O Tesouro Nacional informou que a apropriação de juros da dívida foi de R$ 851 milhões, o equivalente a 0,07% do estoque total da dívida. O Tesouro informou ainda que no primeiro bimestre deste ano recomprou no mercado internacional US$ 564,5 milhões de títulos da dívida externa brasileira. Esse montante corresponde ao valor de face dos títulos. Em valor financeiro, o total desembolsado chegou a US$ 701,3 milhões. A maior parte dos papéis recomprados US$ 178 milhões foi do A-Bond, seguido pelo BR 40 (US$ 105 milhões) e BR-25 (US$ 68 milhões). Segundo os dados do Tesouro, os títulos recomprados não impactaram o estoque da dívida externa em fevereiro, já que o processo de cancelamento dos papéis ainda não foi efetivamente concluído. Títulos a vencer A parcela da dívida interna a vencer em 12 meses caiu em fevereiro de 35,67% para 35,55% do total do endividamento. Isso significa que do total de R$ 1,120 trilhão da dívida, R$ 398,22 bilhões dos títulos vencem no prazo de um ano. Quanto menor essa parcela, considerada dívida de curto prazo, melhor é avaliado pelos economistas o perfil da dívida. A parcela a vencer em 12 meses da Dívida Pública Federal (DPF) total (interna e externa) caiu em fevereiro de 33,40% para 32,34% do total. Já a parcela da Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu no mês passado de 6,60% para 6,73%. O prazo médio dos títulos da DPMFi caiu de 31,88 meses para 31,64 meses em fevereiro e da DPFe subiu de 70,64 meses para 71,73 meses. O prazo médio de emissões dos papéis da DPMFi subiu em fevereiro de 28,47 meses para 33,70 meses. Matéria alterada às 15h30 para acréscimo de informações

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