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Dívida Pública Federal fecha 2010 em R$ 1,694 trilhão

Segundo o Tesouro, houve uma melhora no perfil da dívida, devido ao porcentual mais elevado em 20 anos da parcela prefixada

Foto do author Adriana Fernandes
Foto do author Célia Froufe
Por Adriana Fernandes , Célia Froufe (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) fechou em R$ 1,694 trilhão no ano passado, ficando dentro da banda prevista pelo Tesouro Nacional para o período. O valor mínimo era de R$ 1,6 trilhão e o máximo, de R$ 1,730 trilhão.

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A composição dos estoques em 2010 apresentou, segundo o Tesouro, melhora no perfil da dívida. Isso porque foi verificado um porcentual mais elevado (36,6%) da parcela prefixada. Segundo o subsecretário de dívida pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, a participação dos títulos prefixados no total da dívida em 2010 é o maior da história, levando-se em conta dados produzidos pelo governo desde 1990.

Em 2009, essa fatia estava em 32,2% e no ano anterior, auge da crise financeira internacional, em 29,9%. O total desta parcela na composição da dívida ficou próximo ao teto da banda prevista para 2010, de 37%.

A fatia de índice de preços ficou em 26,6% no ano passado, dentro do intervalo de 24% a 28%. O resultado situou-se muito próximo ao dos dois anos anteriores: 26,7% em 2009 e 26,6% em 2008.

Já o total da dívida indexada pela Selic caiu de 33,4% em 2009 para 30,8% no ano passado - porcentual próximo à banda inferior do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2010. A parcela da dívida atrelada ao câmbio também registrou redução pelo segundo ano consecutivo, passando de 9,7% em 2008, 6,6% em 2009 e 5,1% em 2010. O resultado também ficou dentro do previsto pelo PAF no ano passado, de 5% a 8%.

Pelo levantamento apresentado há pouco pelo Tesouro, a parcela da dívida pública federal atrelada à de prefixados superou a fatia da dívida indexada na Selic no ano passado. Este foi um intuito do governo, pois é mais confortável para o Estado saber exatamente o quanto vai pagar para quem detém a dívida.

Ao final de 2010, o prazo médio de vencimento da dívida estava em 3,5 anos, exatamente o mesmo período verificado nos dois anos anteriores. O porcentual da dívida a vencer em 12 meses subiu de 23,6% em 2009 para 23,9% no ano passado, marca levemente inferior ao previsto pelo PAF (de 24% a 28%). 

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2011

O Tesouro Nacional fixou as bandas para a dívida pública federal deste ano entre R$ 1,8 trilhão e R$ 1,930 trilhão. O resultado é superior ao verificado no ano passado (R$ 1,694 trilhão).

Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), a fatia da dívida prefixada deverá ficar entre 36% e 40% em 2011, ante parcela de 36,6% verificada em 2010. Para a dívida indexada a índices de preços para este ano, foi estipulado um intervalo de 26% a 29%, de um total de 26,6% no ano passado. Para a Selic em 2011, a meta vai de 28% a 33%, ante uma fatia de 31,6% verificada em 2010. Para o câmbio, o Tesouro fixou uma banda de 4% a 6%. Em 2010, a dívida atrelada à moeda estrangeira correspondia a 5,1% do total.

Em relação ao prazo médio da dívida, o Tesouro indicou um intervalo de 3,5 anos a 3,7 anos para 2011, com o piso da banda sendo exatamente o prazo médio verificado em 2010. O PAF prevê ainda que a dívida a vencer em 12 meses fique dentro de um intervalo de 21% a 25% este ano. Em 2010, o porcentual para esse prazo foi de 23,9%.

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Selic

O Tesouro Nacional realizará novas emissões de títulos remunerados pela Selic com vencimentos nos meses de março e setembro. Segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado nesta terça-feira, 1º, o prazo médio de emissão desses bônus deverá ser superior a 3,5 anos, período médio equivalente da dívida pública federal ao final de 2010.

Para os títulos prefixados, o Tesouro tem como ponto de referência a substituição das NTN-F de três anos por LTN de mesmo prazo. As LTN terão como prazos seis, 12, 24 e 36 meses. Já as NTN-F terão vencimentos de cinco e 10 anos. O Tesouro buscará a distribuição uniforme dos títulos prefixados entre seus quatro meses de vencimento (janeiro, abril, julho e outubro). O governo informou ainda que as NTN-B ofertadas ao longo deste ano terão prazos de três, cinco, 10, 20, 30 e 40 anos.

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Texto atualizado às 11h40

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