20 de abril de 2010 | 15h24
A redução da dívida externa compensou o crescimento da dívida interna. De acordo com dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) aumentou de um mês para o outro 0,19%, um incremento de R$ 2,719 bilhões, para R$ 1,4 trilhão. Esse aumento da DPMFi se deve ao impacto dos encargos de juros da dívida, que em março somaram R$ 14,69 bilhões. O resgate líquido de títulos da DPMFi promovido pelo Tesouro ao longo do mês de março, de R$ 11,97 bilhões, compensou em parte o impacto dos juros.
O Tesouro conseguiu aumentar a parcela de títulos prefixados no total da Dívida Pública Federal (DPF) em março. Mas o indicador ainda está abaixo do piso da meta definida no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2010. Dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional mostram que a parcela da DPF prefixada subiu de 29% em fevereiro para 30,25% em março. A meta do PAF para a parcela prefixada da DPF contém uma banda mínima de 31% e máxima de 37%.
A parcela da DPF atrelada a índices de preços subiu de 28,19% em fevereiro para 28,87% em março. A meta do PAF para índices de preços é entre 24% e 28%. A parcela pós-fixada atrelada à taxa Selic caiu de 35,21% para 33,47%, no mesmo período de comparação, passando a ficar dentro da meta do PAF, que varia de 30% a 34%.
Os dados do Tesouro mostram também um aumento da parcela prefixada no total da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que subiu de 30,27% em fevereiro para 31,53% em março. A parcela atrelada a índices de preços subiu de 30,15% para 30,82%. A parcela pós-fixada atrelada à taxa Selic caiu de 37,66% para 35,74% no mesmo período de comparação.
O prazo médio da DPF teve ligeiro aumento de 3,70 anos para 3,73 anos. A meta do PAF para esse indicador varia entre 3,4 anos e máxima de 3,7 anos. O custo médio da Dívida Pública Federal em 12 meses subiu de 9,10% para 9,32% ao ano em março e da DPMFi, de 10,61% para 10,72%.
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