22 de janeiro de 2011 | 08h05
Segundo dados do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, o número de veículos que tiveram de voltar às lojas para reparos em 2010 - ano em que as vendas bateram recorde, com 3,5 milhões de unidades -, é o segundo maior desde a criação, há 20 anos, do Código de Defesa do Consumidor, que obriga empresas a recolherem produtos que coloquem em risco a vida e a saúde dos consumidores.
O volume do ano passado só perde para o de 2000, quando 1,713 milhão de automóveis e motos passaram por recall, dos quais 1,3 milhão eram do modelo Corsa, da General Motors (GM). Defeito no cinto de segurança do modelo resultou em dois acidentes com vítimas fatais. De acordo com o DPDC, do total de recalls feitos no ano passado, 51 envolviam 1.091.178 automóveis, comerciais leves e caminhões, número 136% maior que o do ano anterior. Para motos foram 12 campanhas, com 341.627 veículos, 27,3% acima de 2009.
O coordenador geral de assuntos jurídicos do DPDC, Amaury Oliva, diz que o aumento de campanhas de recall é resultado de um conjunto de fatores que incluem aumento de produção e vendas, maior transparência por parte das empresas e maior maturidade dos consumidores. Na visão de Oliva, o recall em si não é ruim, apesar de muitas vezes ser um transtorno para o consumidor. "É melhor ter do que não ter, pois o que mais nos preocupa é manter produtos com defeito no mercado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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