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Dois VPs deixam Walmart numa só tacada no País

Por Clayton Netz e clayton.netz@grupoestado.com.br
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Dois vice-presidentes do Walmart deixaram a rede varejista na última quinta-feira, 19. Segundo informações da empresa, Marcelo Vienna, vice-presidente comercial, e Willie Wagner, vice-presidente de integração, pediram demissão "para se dedicarem a projetos pessoais". Coincidência ou não, os dois foram promovidos juntos à vice-presidência executiva em 6 de janeiro do 2009 e agora saem juntos para praticar o empreendedorismo. Segundo fonte do setor, o motivo da saída dos executivos se deveria ao desempenho abaixo das expectativas da subsidiária brasileira da maior cadeia de supermercados do mundo. "Tanto é que os executivos correm o risco de ficar novamente sem o bônus este ano", diz a fonte. "A menos, é claro, que a rede apresente um desempenho muito acima do orçamento até o final de 2010."Antes da promoção, Wagner cuidava da parte administrativa do Walmart. Promovido, passou a responder pela divisão de atacado e pelos negócios do Maxxi, atacarejo da rede, e do clube de compras Sam"s Club. Antes de deixar a empresa, após 12 anos de casa, Wagner respondia pela vice-presidência de integração. "O Wagner realmente estava sem função na empresa", diz a fonte. "Executivo caro, expatriado, cuidava apenas da integração." Até janeiro de 2009, Vienna era o encarregado da divisão de atacado do grupo, onde foi substituído por Wagner, passando a ocupara a vice-presidência comercial, que inclui as áreas de marketing e de abastecimento. "O Vienna é um executivo qualificado, mas estava sob muita pressão", diz a fonte. No ano passado, a Walmart registrou um faturamento bruto de R$ 19,7 bilhões, um resultado 16% acima de 2008, quando faturou R$ 17 bilhões. Terceira maior companhia de varejo do País, suplantada apenas pelo Carrefour e pelo Pão de Açúcar, a empresa já definiu os substitutos dos dois executivos. Para a área comercial, está assumindo esta semana José Rafael Vasquez, que cuidava da área de mercearia e se reportava a Vienna. O lugar de Wagner será assumido por Romildo Barros, que vai acumular a atual função, na área de tecnologia, com a de Integração. Os rumores sobre a possibilidade de mudanças no comando do Walmart já vinham ocorrendo há algumas semanas. Em certo momento, chegaram a incluir no rol dos que sairiam do grupo o próprio presidente da subsidiária brasileira, o cubano Hector Núñez- circulava a informação de que a empresa havia entregue a tarefa de encontrar um substituto para ele a uma firma de head hunting de São Paulo. Procurado pela coluna, Núñez não foi encontrado, segundo a assessoria de comunicação da rede varejista.CARGA TRIBUTÁRIAMBC quer criar um Copom Fiscal para reduzir impostosO economista Paulo Rabello de Castro, um dos líderes do Movimento Brasil Competitivo, vai propor aos candidatos à presidência da República a criação de uma espécie de Copom Fiscal em encontro programado para o dia 2 de setembro na sede da Fecomércio, em São Paulo. A proposta faz parte de um elenco de medidas que o MBC pretende apresentar aos presidenciáveis Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva visando a redução da carga tributária no País. "Nossa proposta é estabelecer um cronograma de redução de 1% ao ano da carga tributária durante uma década e esse órgão faria o acompanhamento", diz Rabello de Castro. CARGA TRIBUTÁRIA 2Ausência de quórum Entre as iniciativas sugeridas pelo MBC figuram ainda a transparência na incidência de impostos, com o cálculo do tributo devido na hora da compra no varejo, e a criação de uma Secretaria Nacional de Defesa Pública, encarregada de fiscalizar e controlar os gastos correntes da União. "Com mais eficiência tributária, acreditamos que a taxa de investimentos possa chegar a 25% do PIB em dez anos", diz Rabello de Castro. O único problema à frente do MCB para fazer chegar suas sugestões é a possibilidade de ausência de quórum no encontro do dia 2. A uma semana do evento, apenas a candidata verde havia confirmado presença.INDÚSTRIATS Shara investe em design para crescer 50% A paulista TS Shara, fabricante de produtos de proteção de energia, como estabilizadores e nobreaks, adotou duas estratégias para crescer 50% este ano. A primeira se refere ao lançamento de 150 novos produtos, que consumiu investimentos em design da ordem de R$ 2 milhões. Na área de logística, ampliou de 3 para 50 o número de transportadoras terceirizadas que distribuem os seus produtos pelo País. "Com isso, reduzimos pela metade o prazo de entrega e em 40% os custos com frete", diz Pedro Sakher Al Shara, presidente da empresa. Com as novas estratégias e o aquecimento nas vendas de computadores, que, segundo ele, impulsionam 85% das vendas da TS Shara, a expectativa de empresa é fechar 2010 com um faturamento de R$ 90 milhões contra os R$ 60 milhões de 2009. QUALIDADEPalmito também vai ganhar selo especialNa esteira das torrefadoras de café e dos envasadores de feijão, os produtores brasileiros de palmito querem criar o seu selo de qualidade. De acordo com o projeto Palmito Seguro, o selo será impresso nas embalagens de palmito até o final de 2010. Além de garantir a procedência, a ideia combater a venda ilegal, que pode chegar até 80% das vendas, como acontece com a espécie juçara. do palmito da espécie juçara. Segundo o empresário Khalil Yepes, do Projeto Palmito Seguro, a iniciativa já conta com a simpatia de redes como Carrefour, Roldão e Floriani, entre outras.

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