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Bolsa fecha em queda no último pregão do mês com exterior negativo; dólar fica a R$ 5,44

Apesar do resultado, Bolsa ainda tem ganho mensal de 8,76%; nesta terça, mercado ficou atento a um aumento das tensões entre EUA-China

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Por Redação
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou com queda de 0,76%, aos 95.055,82 pontos, nesta terça-feira, 30. No último pregão do mês, o mercado acionário brasileiro foi fortemente influenciado pelo cenário desfavorável no exterior, em meio a um possível aumento das tensões entre Estados Unidos e China. O clima misto ainda se estendeu ao dólar, que encerrou com valorização de 0,25, cotado a R$ 5,4402.

Nesta terça, o parlamento da China aprovou uma lei de segurança nacional para Hong Kong, que aumenta o controle sobre o território. Ela já passa a valer a partir de quarta-feira, 1º e vai contra os pedidos de Donald Trump para que o governo chinês não intervisse na região.

Cotação do dólar acumula alta de quase 30% este ano. Foto: JF Diorio/ Estadão

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A votação contribuiu para a destabilização dos índices em NY, que acompanham agora o aumento das tensões EUA-China. A esse cenário, também se soma um discurso do presidente do Federal Reserve, (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell, de que "uma hipotética segunda onda da pandemia (do coronavírus) pode minar a confiança do público na recuperação da economia" americana.

Com isso, um tom mais pessimista ganhou espaço no mercado local e fez com que o Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, se firmasse em queda. Na mínima do dia, a Bolsa cedia aos 94.806,47 pontos - na máxima, ela subia aos 96.257,30 pontos.

Apesar do desempenho negativo nesta terça-feira e da perda de fôlego observada na quinzena final de junho, o principal índice da B3 fechou o segundo trimestre com ganho de 30,18%.Em junho, o Ibovespa acumula ganho de 8,76%. No ano, encerrado o primeiro semestre, a Bolsa tem retração de 17,80%.

Por aqui, também chamou atenção a taxa de desemprego subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Câmbio

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O dólar fechou junho em alta de 1,9%, acumulando valorização de 4,7% no segundo trimestre e de 35,6% no primeiro semestre, marcando o real como a moeda em 2020 com pior desempenho, considerando uma lista de 34 divisas mais líquidas no mundo. Dos seis primeiros meses do ano, o dólar só caiu em maio.

Na máxima do dia, o dólar encostou no patamar de R$ 5,5o. Após intervenção do Banco Central, com leilões de US$ 365 milhões no mercado à vista , a moeda recuou para a casa dos R$ 5,42, mas ainda fechou com valorização. No mercado futuro, a alta superava 1,20%.

No ranking de piores moedas de 2020, o real é seguido pelo rand da África do Sul, onde o dólar acumulou alta no primeiro semestre de 24%, e o peso mexicano, onde subiu 21%. Mesmo com o real tendo o pior desempenho este ano, a perspectiva dos estrategistas de câmbio é que a moeda brasileira deve seguir fraca na segunda metade do ano.

Bolsas do exterior

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Apesar do aumento das tensões entre EUA-China, as Bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça. Os chineses Xangai Composto Shenzhen Composto subiram 0,78% e 1,88% cada, enquanto o japonês Nikkei teve alta de 1,33%. O sul-coreano Kospi subiu 0,71%, o Hang Seng avançou 0,52% em Hong Kong e o Taiex se valorizou 0,68% em Taiwan. Na Oceania, a Bolsa australiana fechou com alta de 1,43%.

Já a sanção da lei de Hong Kong não foi bem recebida na Europa, mesmo assim o índice Stoxx 600 achou brecha para encerrar com leve alta de 0,13%. Londres teve queda de 0,90%, mas Frankfurt subiu 0,64%. ParisMilão caíram 0,19% e 0,37%. Já Madri Lisboa recuaram 0,64% e 0,05%.

Já nas Bolsas de Nova York, onde o clima era misto, maiores perdas foram evitadas no final do pregão.  O índice Dow Jones fechou em alta de 0,85%, o Nasdaq subiu 1,87% e o S&P 500 avançou 1,54%.

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Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, com incertezas quanto ao caminho da pandemia em meio à reabertura econômica, enquanto uma segunda onda de infecções ameaça a recuperação apresentada por indicadores globais.

O barril do petróleo WTI para agosto, referência no mercado americano, fechou em queda de 1,08%, a US$ 39,27. Já o Brent para setembro, referência no mercado europeu, caiu 1,39%, a US$ 41,27 o barril./MAIARA SANTIAGO, ALTAMIRO SILVA JÚNIOR E LUÍS EDUARDO LEAL

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