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Bolsa amplia ganhos e encerra pregão aos 81 mil pontos; dólar fecha cotado a R$ 5,50

B3 teve sessão favorável, com cenário político mais estável em Brasília; moeda americana perdeu o fôlego e bateu em R$ 5,50 na mínima do dia

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Por Redação
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, 28, com as sinalizações positivas vindas do Palácio do Planalto. O pregão da B3 foi encerrado com alta de 3,39%, aos 81.312, 33 pontos. O bom humor também foi sentido no dólarA moeda americana deu sinais de alívio e fechou cotada a R$ 5,51, uma queda de 2,55%.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já começou o dia em alta de 2,38%, aos 80.295 pontos. Ritmo que se manteve ao longo da manhã: às 11h32, a B3 subia mais de 3,45%, próxima dos 81 mil pontos. Na máxima do dia, às 16h20, a Bolsa subia aos 81.399,17 pontos.

Dólar Foto: Reuters

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Já o dólar abriu as negociações em queda superior a 1%, cotado a R$ 5,61. Ao longo da manhã, a moeda já começou a perder o fôlego e recuar, sendo rapidamente negociada abaixo do patamar de R$ 5,60, conquistado na última sexta-feira, 24 - dia em que atingiu seu recorde nominal, quando não se desconta a inflação, de R$ 5,74. Na mínima do dia, a moeda era negociada a R$ 5,50.

O pânico nos mercados causado pelo impacto do coronavírus na economia, tem atingido as moedas de todo o mundo. Neste mês de abril o euro, moeda oficial da União Europeia, R$ 6,20. Já nas casas de câmbio, o dólar turismo, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, chega a ficar próximo de R$ 5,90.

Deu novo ânimo ao mercado nesta terça, a aparente estabilidade no cenário político de Brasília, que ficou mais 'calmo' após o presidente Jair Bolsonaro, apoiar publicamente o ministro da Economia, Paulo Guedes. Vale lembrar que os temores de uma possível demissão cresceram, após as idas e vindas em torno do Plano Pró-Brasil, que teria passado sem o aval de Guedes - e ficaram ainda mais sólidos depois de Sérgio Moro sair do governo.

Cenário local

O dia começou com a notícia de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado como a prévia da inflação oficial no País, recuou 0,01% em abril, no menor resultado para o mês desde a implementação do Plano Real. O número, que já leva em consideração o impacto do novo coronavírus, foi pressionado pelo aumento da demanda nos supermercados, de itens básicos da cesta básica. 

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Também causou preocupação, a notícia de que o Brasil teve 150 mil pedidos de seguro-desemprego a mais que em 2019. A estimativa, feita pelo governo federal, leva em consideração os trabalhadores que foram demitidos entre o início de março e 15 de abril, e que ainda não deram entrada no pedido de seguro-desemprego.

E a situação pode se complicar ainda mais nos próximos meses. Segundo dados do Banco Central, o endividamento dos brasileiros, antes mesmo da crise da covid-19, já era o maior em quatro anosConforme informou o órgão, os débitos das famílias com os bancos atingiu 45,6%, o maior desde a crise fiscal do governo Dilma Rousseff.

Nesse cenário, a atenção continua voltada para o avanço do vírus no País. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já superou a China em número de mortes, com 5.017 vítimas fatais da doença - foram 474 nas últimas 24 horas. Já o número de casos cresceu 5.385 de ontem para hoje, com um total de 71.886 infectados. 

Cenário internacional

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Sem indicadores macroeconômicos importantes na Europa nesta terça, os investidores continuaram animados com os planos de abertura vindos de alguns dos países do bloco, como França, Itália e Espanha. Ideia que parece vir em boa hora, já que estudos apontam para uma tendência de baixa nos números de casos do velho continente.

Já nos Estados Unidos, o índice atividade regional do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Richmond, recuou a -53 pontos em abril, ante previsão de -42 dos analistas. Também ajudou a diminuir o ânimo dos investidores, os resultados negativos dos balanços da Pfizer, Caterpillar e Alphabet.

Petróleo

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A commodity fechou em baixa nesta terça, devido ao aumento dos temores sobre o futuro do petróleo, em meio a pandemia do coronavírus. Nesse cenário, além da queda na demanda e dos estoques elevados, também pesou a declaração do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, de que Donald Trump o instruiu a 'cuidar do setor energético do país' - fala que ajudou a aumentar a preocupação dos investidores. 

Em resposta, o WTI para junho, referência no mercado americano, fechou em baixa de 3,44%, a US$ 12,34 o barril - uma nova mínima para o ativo. Já o Brent para julho, referência no mercado europeu, caiu 1,43%, a US$ 22,74 o barril.

Bolsas do exterior

As Bolsas de Nova York abriram em alta nesta terça, mas acabaram por fechar em queda no final do dia. O índice Dow Jones recuou 0,13%, o Nasdaq caiu 1,40% e o S&P 500 teve perda de 0,52%. Pesou sobre o mercado local, os resultados negativos do cenário econômico dos EUA. 

Na Ásia, as Bolsas fecharam sem direção única, mas as quedas foram tímidas. Na China, por exemplo, maior resultado negativo do dia por lá, o recuo foi de 0,19%, seguida de Japão, com o índice Nikkei caindo 0,06%. Taiwan, 0,46%, Coreia do Sul, 0,59% e Hong Kong, 1,22%, avançaram em seus respectivos índices. Na Oceania, a Austrália, principal mercado de ações da região, fechou em queda de 0,13%.

Já na Europa, o dia foi de ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,68%. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou com ganho de 1,91%, enquanto em Frankfurt, o índice DAX subiu 1,27%. Em Paris, o CAC 40 avançou 1,43% e o FTSE MIB, da Bolsa de Milão, registrou alta de 1,71%. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX-35 subiu 1,55% e em Lisboa, o índice PSI-20 avançou 1,87%./ GABRIEL BUENO DA COSTA E MAIARA SANTIAGO

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