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Dólar acelera alta e elimina queda acumulada em 2007

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Por Redação
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O dólar acompanhava a deterioração do ambiente financeiro internacional e disparava cerca de 5 por cento nesta quinta-feira, devolvendo praticamente toda a queda acumulada desde o começo do ano. Às 14h27, a moeda norte-americana era cotada a 2,127 reais, em alta de 4,73 por cento. Na máxima do dia, a divisa chegou a valer 2,141 reais. O dólar era pressionado pela saída de investidores estrangeiros do Brasil em meio ao agravamento das preocupações com o setor de crédito de alto risco nos Estados Unidos. As bolsas de valores operavam com fortes perdas, e os títulos norte-americanos recebiam o capital em fuga de ativos mais arriscados. "Neste ambiente, não há limites para queda nas bolsas e nem para alta no preço da moeda americana, até que as prateleiras dos investidores estrangeiros estejam vazias no Brasil", disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora. Com isso, o dólar devolveu em praticamente três semanas a queda acumulada em todo o ano. De acordo com dados do Banco Central, o fluxo de dólares para o país nas transações financeiras foi negativo na primeira metade do mês, o que reflete a saída dos estrangeiros que tem pressionado a taxa de câmbio. Apesar da disparada do dólar, Roberto Padovani, economista-chefe do Banco WestLB do Brasil, considera que o Banco Central não deve atuar no mercado para amenizar a desvalorização do real. "É muito cedo para dizer isso porque está tendo movimentos muito voláteis. Não dá para dizer que seja uma trajetória (de alta) definida", disse. A autoridade monetária deixou de realizar nas últimas duas sessões os leilões de compra de dólares no mercado à vista que levaram as reservas internacionais ao patamar recorde de cerca de 160 bilhões de dólares. As operações vinham sendo realizadas diariamente em sessões normais há quase um ano. (Por Silvio Cascione)

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